“Nós” entre rabiscos e palavras: a construção de uma HQ para políticas públicas com jovens em vulnerabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lopes, Deni Elliot Noronha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/63054
Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar o produto técnico “nós”, uma revista em quadrinhos desenvolvida durante o percurso de mestrado em psicologia e políticas públicas, na Universidade Federal do Ceará, além de suas potencialidades enquanto ferramenta no trabalho com jovens em vulnerabilidade social, assim como enquanto uma nova forma de produção de ciência e educação dentro da universidade pública. A partir da experiência do pesquisador dentro de um Centro de Referência Socioassistencial – CRAS, surge o interesse por pensar formas de, por meio da arte, desenvolver sentimento de empoderamento, assim como, transformação social através do despertar social entre os jovens em vulnerabilidade social participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV do CRAS, marcados por diferentes tipos e níveis de opressão social, que por vezes são silenciados. Esse desejo se guia até a criação de uma HQ que utiliza como base para criação de personagens e enredos as realidades das juventudes brasileiras misturadas as realidades do jovens do CRAS. Desse modo, se pensa na História em Quadrinhos como uma forma de acesso a esses sujeitos, assim como deles a questões coletivas e individuais, de maneira sensível. Pensando ainda em um fazer educativo, quando se pensa a educação em aspectos freirianos de transformação social, ainda que uma educação informal, possibilitada fora dos muros da escola. Para isso, além da vivência dos jovens brasileiros nos utilizamos de construção teórica de autores que discorrem acerca de educação, juventudes, arte e empoderamento, como Paulo Freire (2019), Joice Berth (2019), Bell Hooks (2019), Gomes (2018), O’Neill (2015). A partir da criação da HQ, pensa-se em seu uso nas diferentes políticas públicas as quais os jovens atravessam, desde a assistência social a educação, nos debruçando ainda sobre possíveis modos de uso de modo a posicionar a HQ como ferramenta de construção de espaço para escuta e fala, produção de subjetividade e construção de si de maneira coletiva, pensando assim a HQ como meio e não como fim em si mesma e ainda como inacabada, passível de reinvenção dentro de seu fazer com as juventudes tão plurais como infinitas.