Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Eliene Magalhães da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16678
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Resumo: |
A pesquisa com titulo: ‘Marcadores das Africanidades das Rezadeiras de Quilombos de Caucaia/CE: Uma Abordagem Pretagógica’. O trabalho foi realizado entre 2013 e 2015, com sete rezadeiras quilombolas e cinco iniciantes, de três comunidades quilombolas de Caucaia-CE: Serra do Juá, Porteiras e Cercadão dos Dicetas. Diante da lacuna enorme no que se refere à relação das africanidades com o ofício das rezadeiras, intento responder, no decorrer desse trabalho, as seguintes indagações: Quais os marcadores das africanidades no ofício das rezadeiras? Como é possível trabalhar com os marcadores das africanidades no ofício da reza na perspectiva de uma intervenção pedagógica? Como a Pretagogia pode contribuir para a apropriação desses marcadores? O trabalho teve fase interventiva com três oficinas usando como técnica a mandala dos objetos geradores com os marcadores africanos da reza que foram: oralidade, ancestralidade, senhoridade, iniciação, elementos da natureza, espiritualidade, segredo, relação comunitária, territoriedade, que são de base africana. Para isso, a dissertação organiza-se da seguinte forma: CAPÍTULO 1: Introduz contando minha trajetória familiar, acadêmica e profissional em relação às africanidades; CAPÍTULO 2: Trata do dialogo com os autores da pesquisa e as senhoras rezadeiras; CAPÍTULO 3: Apresenta oficina Pretagogica na Serra do Juá com objetos geradores da Pretagogia com as rezadeiras e comunidade; CAPÍTULO 4: Aborda oficina em Porteiras com as rezadeiras capulanas; Capítulo 5: Trata da oficina ministrada em cercadão dos Dicetas rezadeira com crianças e jovens. CAPÍTULO 6: Conclusão com descrição da culminância dos trabalhos e homenagens às matriarcas rezadeiras das comunidades de Juá, Cercadão e Porteiras, além da síntese dos resultados da pesquisa como um todo. O trabalho utiliza como fundamentos teóricos a Pretagogia de Sandra Petit (2015), a Tradição Viva apresentada por Hampaté Bâ (1982), o Estudo sobre a Cura Através da Palavra em Gomes e Pereira(2004), A magia na Cura de Santos (2007), a importância da Transmissão da Fala por Bernat (2013) e o Uso do Corpo e a Musicalidade por meio dos Tambores da Pedagoginga de Rosa (2013), o aprendizado na Cosmovisão Africana em Oliveira (2006) e a teoria da Afrodescendência de Cunha (2010). A pesquisa apresenta minha reflexão quanto ao conceito de Afroreza como e que afroancestrais, rejeitando a afirmação da reza ser totalmente de base católica, anulando as sabedorias africanas contidas em seus versos e gestos. Desse modo, a dissertação fortalece o compartilhamento das experiências das rezadeiras e sua afirmação afrodescendente na construção de uma educação libertadora e sem preconceitos em relação ao nosso legado africano. |