Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Giffoni, Francinete Alves de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
http://www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3162
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Resumo: |
O presente estudo investiga a terapia comunitária, modalidade terapêutica que faz parte de um Projeto de Extensão do Departamento de Saúde Comunitária da UFC em parceria com uma ONG, o Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária (MISMEC). Partindo da relação entre o surgimento da terapia comunitária e a história dos movimentos sociais em saúde no Brasil, busco identificar até que ponto ela vem se constituindo como um espaço no qual o diálogo e a palavra são valorizados como instrumento de transformação social. Procuro desvendar se a participação no ritual da terapia comunitária contribui para a ampliação da percepção do processo saúde-doença, aprendizagem da autonomia e desenvolvimento da dimensão política do homem. A pesquisa de campo foi realizada através da abordagem etnográfica com os procedimentos da observação participante, entrevistas semi-estruturadas e histórias de vida. Foram escolhidos como sujeitos 20 participantes da terapia, de ambos os sexos, com idades que variam entre 27 e 65 anos, procedentes, em sua maioria do bairro do Pirambu, com nível de escolaridade predominante entre o ensino fundamental e médio. Os resultados indicam que a terapia comunitária tendo como foco o sofrimento e não a patologia, possibilita consensos e dissensos entre a medicina oficial e as práticas populares de cura, promovendo a ressignificação da dor e da doença e a reafirmação da capacidade de autogestão de itinerários terapêuticos. Desta forma favorece o empoderamento pessoal e coletivo, apontando alternativas para o enfrentamento do estresse psicossocial. A partir desses resultados pode-se concluir que a terapia comunitária é uma instituição ampla cujo grau de complexidade relaciona-se à multiplicidade de seus objetivos e relações. Caracterizando-se como experiência de construção de saberes coletivos, ela promove a interação entre diversas práticas complementares de cura e a formação de uma extensa rede com outras instituições sociais como Alcoólicos Anônimos, ONGs, participantes de diversas igrejas, universidades e lideranças comunitárias. Compõe assim uma teia sistêmica de apoio social voltada para o auto-cuidado e valorização da vida. |