Africanidades e Juventudes: Tecendo Confetos numa Pesquisa Sóciopoética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Silvia Maria Vieira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: http://www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3445
Resumo: A sociedade brasileira, racista e colonialista utiliza a educação como um mecanismo de naturalização da cosmovisão eurocêntrica, tratando-a como única possível. Desse modo, a contribuição dos africanos e afrobrasileiros na história do Brasil é invisibilizada. A ausência e as distorções desta história nos levam ao desconhecimento e desvalorização de nossas raízes africanas, contribuindo diretamente para o enraizamento das idéias racistas em nosso país. Em contraposição a esses pensamentos estão as africanidades, elementos e manifestações da diversidade cultural africana ressignificadas na cultura brasileira. Diante deste fato, realizei uma pesquisa sociopoética que teve como objetivo entender que conceitos os jovens teciam sobre as africanidades a partir da realidade na qual estão inseridos. Desta feita, pude constatar que a sociopoética foi potencializadora de uma maior diversidade de conceitos sobre as africanidades, sugerindo algumas alternativas metodológicas para o ensino da história africana e afrobrasileira na escola. Percebi que a ancestralidade estava na experiência daqueles adolescentes e jovens que compartilhavam suas idéias e reflexões acerca das africanidades e que - apesar de apresentarem um conhecimento restrito sobre a África e as culturas afrodescendentes - produziram conceitos bastante diferenciados dos estereótipos comumente veiculados, apresentando até muitos pontos de convergência com as concepções dos estudiosos da área. Para eles as africanidades devem ser apresentadas e vivenciadas na escola a partir de atividades lúdicas que utilizem o corpo em sua integralidade através de apresentações teatrais, danças, semanas culturais e do meio ambiente. E que estas, só serão trabalhadas de fato, quando professores e funcionários forem tolerantes com as religiões de matriz africana e com os/as jovens que as praticam, reconhecendo a importância da cultura africana e afrodescendente como referenciais de brasilidade