Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Wellington Sampaio da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40698
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Resumo: |
A presente pesquisa analisa a construção das memórias por meio da escrita e da publicação de livros acerca da Guerrilha do Araguaia, movimento armado organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) na região do Araguaia (sul do Pará, norte de Goiás, atual Tocantins e sul do Maranhão). A guerrilha, de forma geral, tinha o objetivo de, a partir do campo, conquistar as cidades e instaurar o comunismo no Brasil. Inspirados na teoria de Mao Tsé-Tung, os guerrilheiros começaram a chegar à região do Araguaia em 1966, permanecendo entre os seus moradores na clandestinidade até 1972, quando o movimento foi descoberto pelas Forças Armadas. Foram organizadas três operações militares para combater a guerrilha entre os anos de 1972 e 1974, tendo como resultado a vitória dos militares pelas armas. A discussão proposta nesta tese traz para o debate historiográfico as disputas sobre o passado desse acontecimento por meio da escrita, mais especificamente a partir dos livros publicados ao longo dos anos após o fim do conflito armado no sul do Pará. Nesse sentido, parto do princípio de que a “guerra não acabou”. Em termos bélicos a Guerrilha do Araguaia foi concluída, ou melhor, vencida pelos militares, em dezembro de 1974. Entretanto, a “vitória pelas armas” não encerrou outra batalha — a da memória —, presente de forma particular a partir dos livros publicados sobre o conflito. Neles, as memórias construídas enfatizam diferentes versões para a Guerrilha do Araguaia e demonstram sentimentos de revanchismos e ressentimentos de um movimento que tem várias lacunas, segredos de Estado, documentos e restos mortais de guerrilheiros ocultados. Assim, as disputas por meio da memória continuam existindo no presente e são travadas por jornalistas, militantes e militares. Nesse sentido, as obras analisadas ao longo deste trabalho são alguns exemplos dessa disputa/batalha a partir da escrita acerca da Guerrilha do Araguaia. |