Análise dos saberes no Programa de Língua Portuguesa em São Tomé e no dizer dos delegados responsáveis pela formação dos professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bandeira, Jessica do Rosário
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58667
Resumo: A presente pesquisa deu prosseguimento a um Trabalho de Conclusão de Curso (BANDEIRA, 2018) realizado sobre a diversidade linguística e o ensino da Língua Portuguesa em São Tomé e Príncipe. Está alinhado às discussões sobre a formação de professores, desenvolvidas no Grupo de Estudos e Pesquisa em Linguística Aplicada (GEPLA). Tem o objetivo maior de analisar, no Programa de Língua Portuguesa do Ensino Secundário, segundo ciclo (Ensino Médio), e no Discurso do Professor, os saberes necessários ao professor para o ensino da escrita. O Programa de Língua Portuguesa é o documento oficial que orienta o ensino e a aprendizagem desta Língua (disciplina) em São Tomé e Príncipe e por ter este objetivo é fundamental para a formação de professores. Os saberes, por sua vez, se relacionam aos conhecimentos que os professores necessitam para dar uma aula de Língua Portuguesa (saber a ensinar, saber para ensinar), conforme Hofstetter e Schneuwly, 2009. O primeiro trata de conteúdos e conceitos que o professor necessita para dar uma aula de Língua Portuguesa, no caso dessa pesquisa, para ensinar a interagir a partir de textos escritos. O segundo tipo de saber diz respeito à metodologia, à didática da leitura, didática da produção de texto. Nesta pesquisa, embasou-se também em Joaquin Dolz (2010) e Bronckart (1999) para discutir acerca de teorias e análise de gêneros textuais, Didática do ensino de produção texto e Didática do ensino de leitura de Leurquin (2014). A pesquisa contou com a análise documental, mas também aplicamos dois questionários e realizamos uma pesquisa bibliográfica sobre o tema para conhecer e compreender o que dizem os professores e delegados sobre o ensino e aprendizagem. Os resultados apontaram que o Programa da Língua Portuguesa do Ensino Secundário, segundo ciclo (Ensino Médio) é bastante avançado, quando apresenta o texto como centralidade do ensino de língua e desdobramentos possíveis a partir desse posicionamento. Porém, numa análise mais aprofundada, observaram-se orientações didáticas no sentido do agrupamento de gêneros. Da mesma forma, também constatamos que não há diferenças entre os tipos de textos e os gêneros textuais. As orientações sobre os saberes para ensinar, não são esclarecedoras e os professores pouco têm acesso a elas. Verificou-se no discurso dos professores que a produção textual é uma componente em que os professores possuem dificuldades em ministrar. Desta forma, constatou-se a necessidade urgente de uma formação continuada de professor de Língua Portuguesa. Formação esta que se enquadre ao contexto em que a Língua Portuguesa é ensinada no país e que seja capaz de auxiliar a suprir essas dificuldades reais dos professores ativos em sala de aula. Sugeriu-se uma proposta de aula interacionista de leitura, com base no quadro teórico ISD, mostrando as concepções de leitura que auxiliariam no trabalho com produção escrita em sala de aula através do uso do dispositivo “Sequências Didáticas” de Dolz (2010).