Educação ambiental contínua: a vida com o foco da aprendizagem o caso da escola Maria Elisbânia dos Santos - comunidade de Caetanos de Cima Assentamento Sabiaguaba – Amontada/CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Ferraz, Maria Luiza Camargo Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16860
Resumo: Na zona costeira cearense existem comunidades tradicionais de pescadores artesanais que, com um histórico de organização e luta por melhores condições de vida em terra e mar, buscam uma educação próxima de sua realidade. Este é o caso da comunidade de Caetanos de Cima (Assentamento Sabiaguaba -Amontada/CE), que se orgulha em ter construído sua escola em regime de mutirão. Ao considerar a realidade educacional brasileira e destas comunidades, com suas limitações políticoadministrativas e estruturais, foi desenvolvida esta pesquisa-ação, com objetivo de implantar na Escola Maria Elisbânia dos Santos um processo contínuo de educação ambiental, tendo a vida como foco da aprendizagem, ou seja, realizar a gestão ambiental participativa da escola – gestão dos hábitos e do hábitat humano em direção à cultura da sustentabilidade e da cidadania ambiental - como forma de possibilitar uma aprendizagem produtiva e a difusão de práticas democráticas e sustentáveis para a comunidade do entorno. O processo foi realizado em sete passos orientados pela ecopedagogia e pela permacultura. Após atividades de sensibilização-reflexão-ação e da organização dos atores escolares para a eleição do Conselho Escolar, foi realizado um Diagnóstico participativo que gerou a Carta Escolar, primeiro passo para a construção do Projeto político-pedagógico. Durante a Semana Pedagógica foi elaborado coletivamente o referido documento, contendo a missão da escola e as metas a serem alcançadas nos próximos dois anos. Algumas ações propostas foram desenvolvidas, inclusive com grande repercussão na comunidade: campanha para o tratamento adequado do lixo, produção de alimentos (horta e roçado), paisagismo produtivo (pomar, plantas medicinais, temperos), curso de musicalização, articulação da escola com parceiros e movimentos ambientais regionais, bem como queda no índice de reprovação. Algumas falhas foram apontadas como a falta de um trabalho específico com os professores. As comunidades tradicionais do Ceará têm na educação ambiental contínua uma aliada no diálogo entre a escola, a comunidade e a natureza, na melhoria da qualidade pedagógica e ambiental da escola, no fortalecimento de um paradigma educacional fundamentado na ética ambiental e, certamente, tem grande significado para a evolução humana rumo a sustentabilidade planetária.