Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Joca, Alexandre Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7667
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Resumo: |
Esta pesquisa objetiva conhecer os percursos e interações juvenis em Fortaleza/CE, a partir das experiências de ocupações de espaços públicos, procurando compreender como essas sociabilidades mobilizam-se por marcadores (dispositivos) de gênero e sexualidades. Investiga as interações vividas pelos jovens frequentadores do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e/ou da Praça Portugal, no período de julho/2011 a abril/2012. Os métodos, técnicas e instrumentos de investigação estão amparados por estudos da etnografia urbana e foram realizados por meio de observação participante, grupos de discussão e entrevistas individuais, diário de campo e registro fotográfico, contando com a colaboração de um grupo de referência composto de 26 jovens interlocutores. O resultado da pesquisa aponta que as relações juvenis entre pares, longe do alcance institucional, lançam pistas de como os jovens negociam e mobilizam saberes e práticas sobre sexualidades. Os circuitos e as culturas juvenis pela (e na) Cidade revelam os modos como articulam relações afetivo/sexuais em negociações com os demais processos de identificações e modos de vida juvenis. Os “tempos de misturas”, sob uma diversidade de estilos e orientações sexuais, mobilizam-se, especialmente, tomando como referência a produção de estéticas e/ou perfórmances corporais, demarcadoras de aproximações e distanciamentos nas relações afetivo/sexuais. Estão situados em um campo de tensões paradoxais no qual, apesar de subverterem normas hegemônicas de gênero e orientação sexual, ainda elaboram dinâmicas de interações respaltadas por dispositivos heteronormativos. A sociabilidade e grupalidade juvenil se mostram diversas, empreendidas pela busca de semelhanças, mas também por significativas diferenças juvenis, mostrando-se eminantemente educativos. Dessa forma, considera-se que a relação experiência/educação ajuda a entender os conflitos e tensões contemporâneas sobre a educação sexual da juventude e desvenda, os processos educativos empreendidos pelos jovens a partir de suas experiências e experimentações na vida citadina. Assim, os modos de vida e sexualidades se complementam, e moldam-se num jogo afetivo/sexual marcado pela multiplicidade de identificações juvenis em meio a descobertas, escolhas e experimentações de prazeres e desejos tão fluidos e instáveis quanto o espaço/tempo da sociabilidade da rua. |