Alterações neuroquímicas, comportamentais e histológicas promovidas pela cocaína isoladamente e em associação com imipramina, topiramato e pentoxifilina em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lima, Iri Sandro Pampolha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2730
Resumo: A cocaína é reconhecida por produzir marcantes alterações sobre o humor e comportamento humanos. Este trabalho teve como objetivo estudar as alterações neuroquímicas, comportamentais e histopatológicas promovidos pela administração repetida (7 dias) de cocaína isoladamente ou em associação com imipramina, um antidepressivo tricíclico, topiramato, um antiepiléptico, e pentoxifilina, um vasodilatador, em ratos. Ratos Wistar machos (200-250 g) foram tratados diariamente com cocaína isoladamente (Coc, 10 e 20 mg/kg, i.p.) ou em associação com imipramina (Imi, 12.5 ou 25 mg/kg, v.o.), topiramato (TPM, 50mg/kg, v.o.), pentoxifilina (Pent, 50mg/kg, i.p.) durante 7 dias. Cocaína causou um aumento significativo da atividade locomotora, e sua combinação com Imipramina, topiramato e pentoxifilina bloqueou os efeitos promovidos pela cocaína. No teste de esquiva passiva, a cocaína reduziu a memória de curto e de longo prazo enquanto que a imipramina reverteu parcialmente os efeitos da cocaína. Pentoxifilina bloqueou completamente os efeitos da cocaína. No labirinto aquático, a cocaína aumentou o tempo para encontrar a plataforma, efeito revertido totalmente pela imipramina e pentoxifilina e parcialmente pelo topiramato. No teste de labirinto em cruz elevada, cocaína e imipramina diminuíram o numero de entradas e o tempo de permanência nos braços abertos. A combinação das duas drogas reverteu parcialmente estes efeitos. No teste de nado forçado, cocaína e imipramina diminuíram significativamente o tempo de imobilidade do animal. Cocaína promoveu aumento dos níveis de dopamina (DA) e diminuição de HVA em corpo estriado, efeitos estes bloqueados por imipramina e topiramato. Cocaína também aumentou Noradrenalina (NA), efeito bloqueado pelo topiramato. Contudo, cocaína não alterou os níveis de serotonina (5-HT). Imipramina aumentou os níveis de 5-HT. A exposição de cultura primária de células mesencefálicas de ratos a cocaína reduziu a morte celular causada pela 6-OHDA (10µM). Cocaína diminuiu o fluxo sanguíneo cerebral e este efeito foi completamente revertido pelo topiramato. Cocaína aumentou os níveis de nitrito no cérebro dos animais e este efeito foi bloqueado pela imipramina e topiramato. Nos estudos histológicos, cocaína promoveu um dano significativo no córtex e giro denteado do hipocampo, efeito revertido pela imipramina. Estes resultados são de grande importância, especialmente em relação a atenuação do prejuízo cognitivo, a redução do fluxo sanguíneo cerebral, a formação de nitrito e a morte celular induzidos pela cocaína.