Políticas de Formação Docente e Tecnologias Digitais: o caso do Programa de Informatização das Escolas Públicas Brasileiras (PROINFO) nos Estados do Ceará e Bahia (1998-2004)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lima, Tania Maria Batista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: http://www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3259
Resumo: A pesquisa analisa as estratégias de formação de professores para a introdução das tecnologias digitais como ferramentas de apoio ao processo ensino-aprendizagem adotadas pelo Programa de Informatização das Escolas Públicas Brasileiras (PROINFO). Identifica, ainda, as percepções dos professores, multiplicadores, diretores de escola e coordenadores dos laboratórios de informática educativa (LIE) ou ambientes virtuais de ensino (AVE) acerca de suas práticas pedagógicas nesse contexto. Tomou como unidades de análise 04 municípios na Bahia (Salvador, Feira de Santana, Ilhéus e Itabuna) e 03 municípios no Ceará (Fortaleza, Quixadá e Sobral). Optou-se pela utilização de observações e entrevistas semi-estruturadas com professores-multiplicadores dos núcleos de tecnologia educacional (NTE), técnicos das secretarias estaduais e municipais, diretores e professores das escolas públicas, bem como com professores dos cursos de especialização em informática educativa oferecidos aos multiplicadores. A análise dos dados coletados no trabalho de campo norteou-se pela multireferencialidade como opção metodológica, escolhendo-se como categorias de análise: formação docente (NÓVOA, 2006; FREITAS,2004; GARRIDO,2004; THERRIEN,2002 e GATTI,1997), tecnologia (ROSZAK,2005; CASTELLS,1999; HERRERA,1993 e SCHAFF,1992), prática pedagógica (TARDIFF, 2005; THERRIEN, 2005; GAUTIER,2003; VIEIRA,2002 e SCHON,2000) e políticas públicas (BARRETO, 2001; OLIVEIRA, 1999; LEHER, 1998; DIAS, 1996 e ORTIZ,1994). O trabalho situa, ainda, a formação docente a partir de 04 (quatro) elementos básicos: as possibilidades de uma razão dialógica para a formação do professor; a formação inicial e continuada; os novos sujeitos da luta em defesa da formação de professores e o contexto das atuais políticas de formação docente. Obtiveram-se indicações de que a formação docente carece de um aprofundamento no tocante à utilização das tecnologias no cotidiano pedagógico do professor e de ampliação e direcionamento das políticas públicas de educação que contemplem estas demandas, possibilitando o acesso a estas tecnologias digitais e à capacitação. As entrevistas evidenciaram questões relativas a descontinuidade, falta de investimento e apoio por parte do poder público e falta de clareza na definição das metas. Os resultados da pesquisa apontam, também, para a necessidade de identificação e análise crítica das novas agendas que se impõem nesta conjuntura, bem como da posição do poder público e até mesmo das instituições diante dessas novas demandas para o sistema.