Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Diana Maria de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2318
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Resumo: |
A introdução na prática clínica dos agentes bloqueadores do TNF-α representou uma revolução no tratamento das doenças inflamatórias crônicas: artrite reumatóide (AR), espondilite anquilosante (EA), doença de Crohn (DC) e psoríase. Desde então, seu uso tem sido ampliado, contudo essa terapia de alto custo econômico elevou o risco de desenvolvimento das doenças infecciosas entre elas, à tuberculose (TB). Por este motivo recomenda-se a investigação da Tuberculose latente (TBL) antes do início da terapêutica com os bloqueadores do TNF-α. O objetivo do nosso estudo foi traçar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes nessa condição clínica e avaliar os desfechos de tratamento de pacientes submetidos ao tratamento da TBL por indicação do uso de bloqueadores do TNF-α no Ambulatório de Tisiologia do Hospital Universitário Walter Cantídeo (HUWC/UFC). Método: Foi realizada no período de 2008-2009 uma análise descritiva prospectiva desse grupo de pacientes seguido de um estudo analítico observacional do tipo transversal do desfecho. Resultados: Foram estudados 45 pacientes classificados como portadores de TBL por apresentarem teste tuberculínico (TT) ≥ 5 mm e radiografia de tórax normal ou com lesões residuais mínimas. A maioria era do sexo feminino (56%), cerca da metade estava na faixa etária de 40 a 49 anos (45%). Em relação à doença de base tivemos diagnósticos reumatológicos – artrite reumatóide e espondilite (49,0%), dermatológicos – psoríase (37,7%) e doença de Chron (13,3%). A presença de 01 comorbidades foi observada em15/45 (33,3%) e em 6/45 (13,3%) pacientes apresentavam mais de uma doença associada. Contato com paciente de TB foi relatado em 9/45 (20%) dos indivíduos estudados. Dois pacientes referiram TB pulmonar tratada anteriormente. A maioria (88,9%) era de assintomáticos respiratórios. O resultado médio do TT foi 14,6mm, variando de 5 a 30 mm, sendo que 30/45 (66,7%) apresentou TT >10 mm. O uso de medicação antiinflamatória não influiu no resultado do TT. A análise radiológica do tórax foi normal em 64,4% e em 35,6 % foram observadas alterações radiológicas mínimas. Dos 45 pacientes estudados 37 utilizaram fármacos para tratamento da doença de base, 20 (54,0%) usaram corticosteróides (prednisona) e 36 (97,3%) relataram o uso de imunossupressores, principalmente o Metrotexato. A isoniazida 300mg/dia foi utilizada no tratamento da TBL e os efeitos colaterais ocorreram em 15,6 % dos pacientes. Em relação ao desfecho foi observado que 41 completaram o tratamento. Houve 01 abandono, 01 transferência e 02 suspensões de tratamento por hepatite medicamentosa. Conclusão: A determinação do perfil do paciente candidato ao tratamento da TBL pode contribuir para a uniformização dos procedimentos de rastreio e prevenção da TB, bem como para estabelecer os protocolos clínicos de uso e acompanhamento dos fármacos anti-TNF. Todos os pacientes continuam em acompanhamento no ambulatório de tisiologia do HUWC/UFC por um período mínimo de 5 anos. |