A construção da personagem sinha Vitória na tradução de Vidas secas para as telas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Ailton Monteiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8121
Resumo: Este trabalho analisa a tradução do romance Vidas secas (1938), de Graciliano Ramos, para o cinema, por Nelson Pereira dos Santos, em 1963, com ênfase na construção da personagem sinha Vitória. O objetivo principal é verificar as alternativas estéticas do cineasta em relação à personagem, levando em consideração a sua tendência em privilegiar e dar mais espaço a personagens femininas em seus filmes. Isso se reflete principalmente em adaptações literárias realizadas pelo diretor, em que se percebe as suas intervenções, de modo a tornar as mulheres de suas obras mais fortes e ativas dentro do enredo. A fim de corroborar esta hipótese, fizemos uma comparação com outras obras do cineasta, como, por exemplo, as adaptações de contos de Machado de Assis. Através da análise de excertos do livro e sequências do filme, percebemos que, apesar de em ambos os textos sinha Vitória ter grande importância na narrativa, é no cinema que ela mais se destaca. Os resultados mostram que, no aspecto geral da produção, as opções estéticas utilizadas por Nelson Pereira dos Santos para traduzir a obra escrita apresentam-se por meio de estratégias, tais como poucas linhas de diálogo e tradução criativa do fluxo de consciência, através de mecanismos próprios do cinema, de modo a transmutar o universo literário do livro para as telas. Os principais teóricos utilizados para dar embasamento ao estudo são: Stam (2008), Hutcheon (2011) e Lefevere (2007), para a abordagem de tradução e adaptação; Salem (1996), Cousins (2013), Aumont (1995), Gay (2009) e Gomes (2005), para as questões de cinema; e Candido (2006), Bosi (1998), Moraes (2012), Brunacci (2008), Bakhtin (1990), Araujo (2008) e Magalhães (2000), como base para os assuntos de literatura.