Utilização de Lignina Acetilada no Desenvolvimento de Revestimento Epóxi Anticorrosivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Diógenes, Otílio Braulio Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76084
Resumo: Os revestimentos epóxi de alcatrão de hulha (do inglês Coal Tar Epoxy coating - CTE) promovem a proteção eficaz de estruturas de aço sob condições críticas de atmosfera e imersão. No entanto, de acordo com a diretriz internacional, o alcatrão de hulha foi relatado como um composto mutagênico e cancerígeno e seu uso foi proibido em países como os EUA e o Japão, sendo necessária a sua substituição. Este trabalho propõe a utilização de lignina Kraft, um biopolifenol obtido como resíduo da indústria de papel e celulose, para o desenvolvimento de revestimentos epóxi livre de alcatrão de hulha (coal tar free). A fim de promover melhor compatibilização com o éter diglicidílico de bisfenol A (DGEBA), a lignina foi submetida ao processo de acetilação realizado em forno micro-ondas. As resinas epóxi-lignina foram obtidas pela incorporação de lignina acetilada na resina DGEBA. Foram preparados três tipos de resina epóxi-lignina: DGEBA/7,5%AKL, DGEBA/15%AKL e DGEBA/30%AKL. A estrutura química das resinas foi avaliada por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). Para a preparação dos revestimentos, as resinas foram curadas usando isoforona diamina (IPDA). Os termofixos resultantes foram analisados quanto às suas propriedades químicas, térmicas, mecânicas, anticorrosivas e de bloqueio de radiação ultravioleta usando os revestimentos DGEBA e CTE como referências. As propriedades anticorrosivas dos revestimentos foram avaliadas por espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE). A aderência dos revestimentos aos substratos metálicos foi avaliada pelo método pull-off (ASTM D4541). Para avaliar o desempenho de proteção contra corrosão quando expostos em ambientes corrosivos, os revestimentos foram submetidos aos ensaios acelerados de corrosão e de corrosão atmosférica em ambientes urbano e marinho/industrial. Uma completa absorção da luz ultravioleta nas regiões UV-A e UV-B foi observada nos revestimentos com adição de lignina acetilada. Os resultados do EIE para todos os ensaios realizados mostraram que os revestimentos DGEBA-AKL com 7,5 e 15% de lignina acetilada apresentaram capacidade de proteção contra corrosão comparáveis aos revestimentos comerciais, indicando que a adição da lignina acetilada até 15% não prejudica a propriedade de proteção contra corrosão do revestimento DGEBA comercial.