Avaliação da motilidade do esôfago e da junção esofagogástrica em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico e sua relação com a infecção por Helicobacter pylori

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Coutinho, Tanila Aguiar Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/46663
Resumo: A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é caracterizada por um distúrbio crônico relacionado ao fluxo retrógrado do conteúdo gastroduodenal para o esôfago ou órgãos adjacentes, resultando em um espectro variável de sintomas, com ou sem danos teciduais. Alterações da pressão do esfíncter esofágico inferior e do peristaltismo esofágico contribuem para a fisiopatologia da DRGE. Alguns pacientes com esofagite de refluxo parecem ter atrofia do diafragma crural que é importante componente da barreira antirrefluxo. Infecção sistêmica crônica, pode, em tese, favorecer perda de massa muscular por diversos mecanismos, inflamatórios ou relacionados a nutrição. A infecção por Helicobacter pylori (Hp) é uma das principais afecções crônicas do homem e sua relação com DRGE não é completamente compreendida. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a motilidade do esôfago e da junção esofagogástrica na DRGE, em indivíduos com e sem infecção por Hp. Após assinarem o termo de consentimento, os 31 participantes foram submetidos as medidas antropométricas, questionários de sintomas relacionados à DRGE, manometria esofágica de alta resolução com manobras inspiratórias (arritmia sinusal e Threshold), impedancio-pHmetria por 24 horas, endoscopia digestiva alta e biópsias gástricas. Os participantes foram divididos em dois grupos: 9 com infecção (Hp+) e 22 sem a bactéria (Hp-). Os grupos eram semelhantes quanto aos dados demográficos. Os sintomas relacionados à DRGE não eram estatisticamente significantes entre os grupos com e sem Hp. Não há diferença entre a presença de hérnia hiatal e entre os graus de esofagite nos grupos Hp- e Hp+. Os voluntários com infecção por Hp apresentaram maior proporção de esofagite de qualquer grau (p=0,047). Os DCI, DL, pressão basal do EEI (inspiratória e total), IRP foram semelhantes entre os grupos. O deslocamento axial da JEG durante manobra inspiratória padronizada foi maior no grupo Hp+ (8,36±1,90) do que no grupo Hp- (7,15±1,39), uma tendência de diferença significante (p=0,05). A exposição ácida do esôfago distal foi semelhante entre os voluntários com ou sem Hp. Os voluntários Hp+ apresentaram maior proporção de refluxo para o esôfago proximal. Podemos concluir neste estudo, que indivíduos com doença do refluxo gastroesofágico, com ou sem infecção por Hp não possuem diferenças nos parâmetros de motilidade esofágica nem na exposição ácida do esôfago distal. Contudo, há evidências que a infecção por Helicobacter pylori pode se associar a maior proporção de refluxo para o esôfago proximal e menor proporção de esofagite distal.