Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Daniel Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40939
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Resumo: |
A intoxicação por metilmercúrio (MeHg) ganhou destaque após desastres de repercussão global como o relatado na Baía de Minamata, Japão. A intoxicação mercurial pode ter ocorrido após desastres ambientais e despejo ilegal de resíduos em mananciais hídricos no Brasil. Apesar dos efeitos neurotóxicos do MeHg serem bem conhecidos na literatura, poucos estudos têm explorado o impacto da exposição do MeHg no hipocampo, cerebelo e fígado em camundongos lactentes. Este trabalho teve como escopo avaliar o impacto da intoxicação por MeHg (20mg/L) em camundongos C57BL6J lactentes, do 4º ao 18º dia pós-natal, sendo administrado às matrizes e transferido aos lactentes (MeHg) pelo leite materno e comparar seus efeitos com filhotes cujas matrizes não foram intoxicadas (GC). Foram coletadas amostras de pelo dos lactentes para quantificar a intoxicação pelo MeHg. O delta do peso e o perfil metabólico dos animais foram avaliados, incluindo análises séricas de glicemia, colesterol total e triglicerídeos. O efeito do MeHg no estresse oxidativo no hipocampo, cerebelo e fígado foi avaliado analisando a atividade das enzimas antioxidantes catalase, glutationa peroxidase (GPx), glutationa (GSH), superóxido dismutase (SOD) e peroxidação lipídica (MDA/ TBARS). O efeito neuroinflamatório do MeHg foi avaliado medindo os níveis de IL-1β, IFN-γ, TNF- e KC no hipocampo e cerebelo. Os valores de concentração de mercúrio nas amostras de pelo do grupo MeHg mostraram-se 3x mais elevados que em GC, confirmando intoxicação (p<0,0001). A intoxicação mercurial aumentou a glicemia (p = 0,01), colesterol total sérico (p=0,0003), atividade das enzimas catalase (hipocampo, p = 0,0003, e cerebelo, p = 0,04), SOD (hipocampo, p=0,0006, e fígado, p=0,0002) e GPx (hipocampo, p=0,005, e fígado, p=0,009) e das concentrações de GSH (hipocampo, p = 0,01) e MDA (hipocampo, p=0,01) quando comparado ao controle. Por sua vez não foi comprovada neuroinflamação associada a esse modelo de intoxicação, tendo IL-1β, IFN-γ, TNF- e KC valores semelhantes entre os grupos. Dessa forma, nossos resultados sugerem que a exposição ao MeHg por 14 dias em camundongos lactentes tem um importante efeito deletério em duas regiões do SNC com importante plasticidade pós-natal e acompanhado de alterações metabólicas precoces. Mais estudos são necessários para avaliar se esses efeitos têm repercussão cognitiva e cardiovascular no adulto. |