A Reforma do Ensino Médio e a Formação dos Trabalhadores: a ideologia da empregabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cardozo, Maria José Pires Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: http://www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/5957
Resumo: O presente trabalho parte do entendimento de que não se pode compreender a educação sem inseri-la no contexto em que ela se desenvolve, notadamente nos movimentos contraditórios e nas lutas que surgem entre as classes e frações de classes. Portanto, este estudo sobre a reforma do ensino médio brasileiro, situa-se no contexto da atual crise do capital, num momento em que a chamada acumulação flexível vem provocando mudanças significativas no emprego, no mercado de trabalho, nas formas de representação sindical e política dos trabalhadores e nos perfis de qualificação/formação dos trabalhadores. Para análise desta reforma, organizamos nossa exposição em quatro eixos: o processo histórico do desenvolvimento do modo de produção capitalista e suas implicações para a educação dos trabalhadores; a atual crise do capital, a emergência da produção flexível e o papel dos organismos internacionais na condução do programa de ajuste estrutural do Estado brasileiro e na reforma da educação; a perspectiva mistificadora da reestruturação produtiva e do avanço tecnológico apresentada pelos reformadores do ensino médio como determinante das políticas educacionais e a defesa das pedagogias das competências e da empregabilidade como saídas ao desemprego estrutural; e as possibilidades, limites, perspectivas e riscos da efetivação de propostas Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, a partir da concepção de escola unitária defendida por Gramsci e por estudiosos que acreditam na centralidade dialética do trabalho como princípio educativo e que lutam por uma educação que contribua para a construção de uma nova ordem social que supere a lógica capitalista. Inferimos que a reforma do ensino médio procura formar um novo trabalhador, com competências que atendam às demandas do mercado e às novas formas de sociabilidade que caracterizam a sociedade capitalista contemporânea