Nanofibras e nanowhiskers de celulose oriundas de fibras de curauá e fique : obtenção e estudos de interação celular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Sivoney Ferreira de
Orientador(a): Ferreira, Mariselma
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do ABC
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nanociências e Materiais Avançados
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=76814&midiaext=70047
http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=76814&midiaext=70047/index.php?codigo_sophia=76814&midiaext=70048
Resumo: O Brasil é um país com economia fundada na agroindústria, e por isso, é um grande produtor de celulose. Este estudo teve o objetivo de obter nanofibras de celulose proveniente de duas fontes vegetais: Curauá (Ananas erectifolius) e Fique (Furcraea andina). A escolha dessas plantas fibrosas justificou-se devido às suas características físico-químicas, alto teor de celulose, aspectos estratégicos de disponibilidade, e pioneirismo em aplicações biológicas. Duas metodologias de processamento foram utilizadas nas fibras, um puramente químico e outro químico-mecânico. O processo químico-mecânico consistiu de tratamentos de branqueamento, seguido de desfibrilação mecânica. Desses processos foram obtidas nanoestruturas celulósicas com morfologia de fibras e whiskers. A caracterização das nanofibras e nanowhiskers foi realizada através de ensaios físico-químicos (FTIR, DRX, TGA, número kappa, composição química e caracterização morfológica por MEV e MET). A biocompatibilidade foi testada através do comportamento citotóxico dos bionanomateriais em sistemas in vitro, pelos métodos diretos e indiretos de viabilidade celular por MTT, morfologia celular e adesão. As nanofibras assim como os nanowhiskers não apresentaram comportamento tóxico para as células do tipo Vero nas condições avaliadas. Os nanowhiskers de Curauá e Fique apresentaram maior teor de celulose em relação às nanofibras obtidas; todas as nanofibras apresentaram maior razão de aspecto que nanowhiskers; a maior resistência à tração máxima ocorreu com as nanofibras de Curauá, e foram necessários menor número de ciclos para ser desfibrilado; e uma etapa extra de branqueamento para obtenção de nanofibras e nanowhiskers a partir das fibras de Fique. Finalmente, foi comprovada a biocompatibilidade das nanofibras e nanowhiskers, possibilitando suas aplicações em vários setores biomédicos.