Políticas de governo, crescimento e desenvolvimento no Uruguai, 2005-2014
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do ABC
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=106780&midiaext=74771 http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=106780&midiaext=74771/index.php?codigo_sophia=106780&midiaext=74770 |
Resumo: | Este trabalho disserta sobre o processo de desenvolvimento uruguaio, sob a ótica da teoria estruturalista, no período 2005-2014. Este período abarca as duas primeiras administrações frenteamplistas na presidência do país: Tabaré Vázquez (2005-2010) e Pepe Mujica (2010-2015). A Frente Amplio foi o primeiro partido de esquerda a chegar à presidência em 170 anos de história e de bipartidarismo no Uruguai. O período precedente foi marcado pela maior crise já enfrentada pelo país: entre 1998 e 2003 o Uruguai entra numa recessão profunda. No ápice, em 2002, o PIB chega a retroceder 11%. Os níveis de pobreza e desemprego atingiram recordes históricos. Os governos Sanguinetti e Lacalle, que atravessaram esse período promoveram políticas restritivas tentando diminuir o déficit fiscal, agravando e prolongando os efeitos da crise. Argumentamos que as causas da recessão foram de natureza externa, com a crise asiática que se espalhou pelo mundo e atingiu a América Latina na forma de crise financeira e bancária, e interna, com uma seca prolongada e febre aftosa que atingiram a indústria da carne, a mais importante do país. Neste trabalho argumentamos que com a entrada da Frente Amplio houve de fato uma ruptura na lógica de administração do Estado, porém muito mais progressista no campo social do que no econômico. A equipe econômica foi formada por conservadores com orientação neoliberal. O equilíbrio fiscal passou ser a ser a meta principal da administração das contas do Estado, migrando-se para um regime de metas de inflação e de superávit primário. Por outro lado, o governo foi capaz de levar a cabo uma reforma tributária progressiva, instaurando o Imposto de Renda de Pessoa Física e a desoneração de diversos impostos menores sobre consumo. Quando a crise de 2007-08 atingiu o país, o setor público inclusive aumentou seus gastos, numa atitude keynesiana. Assim, apesar do conservadorismo econômico, argumentamos que houve claras diferenças na gestão da política econômica com relação aos governos anteriores. |