Desempenho de sistema piloto de alagados construídos de fluxo subsuperficial horizontal no tratamento secundário de efluente sanitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sanchez, Aline Alves
Orientador(a): Benassi, Roseli Frederigi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do ABC
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=106653&midiaext=74733
http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=106653&midiaext=74733/index.php?codigo_sophia=106653&midiaext=74732
Resumo: Os alagados construídos são sistemas desenvolvidos para reproduzir as características de áreas alagadas naturais sob condições controladas para tratamento descentralizado de águas residuárias. Assim, o presente trabalho teve por objetivo principal avaliar o desempenho de um sistema piloto de alagados construídos com fluxo subsuperficial horizontal cultivados com macrófitas aquáticas emergentes (Typha sp. e Eleocharis sp.) no tratamento secundário de efluente sanitário. O experimento foi conduzido na Estação de Tratamento de Esgotos de Arujá (SP), e consistiu de um tanque de alimentação e quatro tanques de tratamento. Tanque 1 (T1): sistema de tratamento com Eleocharis sp. (Junco); Tanque 2 (T2): sistema de tratamento com Typha sp. (Taboa); Tanque 3 (T3): sistema de tratamento combinado com Typha sp. e Eleocharis sp. e Tanque 4 (T4): sistema controle (sem plantas), composto apenas de brita, utilizada como material suporte. O tanque de alimentação foi abastecido com esgoto proveniente apenas do tratamento preliminar da ETE (grades e caixa de areia). Os sistemas foram operados em regime de fluxo contínuo com vazão de 0,105 m³ dia-1, TDH de 4,8 dias e TAS de 0,05 m3 m-2 dia-1. Após estabilidade, o sistema foi monitorado por 3 meses: coletas diárias (de segunda à sexta-feira) durante um mês e meio e semanais durante o restante do período, totalizando 33 coletas. Foram realizadas diversas análises físico-químicas no afluente, efluente em tratamento e efluente final, dentre as quais destacam-se: DBO5,20, DQO, COD, SST, SSF e SSV, série N e fósforo total. Todos os quatro sistemas apresentaram eficiências médias de remoção de DBO5,20 (90 ¿ 93%), DQO (86 ¿ 90%), COD (51 ¿ 58%), SST (98%), SSF (98%), SSV (98%), nitrogênio total (22 ¿ 29%) e nitrogênio amoniacal (19 ¿ 31%) estatisticamente iguais (ANOVA p > 0,05). Com relação à eficiência de remoção de fósforo total (47 ¿ 59 %), houve diferença estatística significativa (ANOVA p < 0,05) apenas entre os tanques 2 (Taboa) e 4 (Controle), sendo a eficiência de remoção do tanque 2 superior à do tanque 4. Portanto, tanto os sistemas cultivados com macrófitas quanto o controle (sem plantas) apresentaram desempenhos semelhantes para a remoção de matéria orgânica, sólidos suspensos e nitrogênio. Com base nos resultados obtidos, observou-se o predomínio dos mecanismos de remoção físicos (filtração e sedimentação do material particulado) e microbiológicos (remoção da fração solúvel dos poluentes). Tendo em vista a similaridade de desempenho dos sistemas com e sem macrófitas aquáticas, concluiu-se que as mesmas apresentaram pouca ou nenhuma influência direta na remoção dos poluentes analisados.