Cultura policial : um estudo sobre os elementos culturais que informam a investigação do tráfico de entorpecentes em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Freitas, Diego Gimenes Azevedo de
Orientador(a): Pinezi, Ana Keila Mosca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do ABC
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=77059&midiaext=70378
http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=77059&midiaext=70378/index.php?codigo_sophia=77059&midiaext=70377
Resumo: Esta pesquisa pretende demonstrar como a cultura profissional dos policiais civis lotados no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC) de São Paulo, responsáveis pela investigação dos delitos relacionados a entorpecentes na capital, opera no modo de atuação desses agentes em suas atividades de serviço, levando à reprodução de preconceitos sociais. Ela foi desenvolvida por meio de trabalho de campo com a realização de entrevistas semi-estruturadas, abertas, realizadas com 04 (quatro) policiais desse órgão. O texto usa como substrato teórico o conceito de estigma, proposto por Goffman (1963), a fim de entender o processo de filtragem e rotulação de acusados feito pelos policiais. O trabalho apontou que o discurso dos policiais do DENARC tende a supor que a pobreza e a marginalização são fortes fatores que levam pessoas ao envolvimento com o tráfico de entorpecentes. Dessa maneira, foi possível perceber que a investigação realizada por policiais desse departamento é fundamentada em elementos culturais que pressupõe conceitos pré-estabelecidos sobre o perfil do criminoso. Isso tem, por sua vez, um forte impacto no trato da criminalidade, neste caso, ligada ao tráfico de entorpecentes, e leva à possível redução do respeito aos direitos humanos e civis de uma parcela já marginalizada da sociedade.