Cultura policial : um estudo sobre os elementos culturais que informam a investigação do tráfico de entorpecentes em São Paulo
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do ABC
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=77059&midiaext=70378 http://biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?codigo_sophia=77059&midiaext=70378/index.php?codigo_sophia=77059&midiaext=70377 |
Resumo: | Esta pesquisa pretende demonstrar como a cultura profissional dos policiais civis lotados no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC) de São Paulo, responsáveis pela investigação dos delitos relacionados a entorpecentes na capital, opera no modo de atuação desses agentes em suas atividades de serviço, levando à reprodução de preconceitos sociais. Ela foi desenvolvida por meio de trabalho de campo com a realização de entrevistas semi-estruturadas, abertas, realizadas com 04 (quatro) policiais desse órgão. O texto usa como substrato teórico o conceito de estigma, proposto por Goffman (1963), a fim de entender o processo de filtragem e rotulação de acusados feito pelos policiais. O trabalho apontou que o discurso dos policiais do DENARC tende a supor que a pobreza e a marginalização são fortes fatores que levam pessoas ao envolvimento com o tráfico de entorpecentes. Dessa maneira, foi possível perceber que a investigação realizada por policiais desse departamento é fundamentada em elementos culturais que pressupõe conceitos pré-estabelecidos sobre o perfil do criminoso. Isso tem, por sua vez, um forte impacto no trato da criminalidade, neste caso, ligada ao tráfico de entorpecentes, e leva à possível redução do respeito aos direitos humanos e civis de uma parcela já marginalizada da sociedade. |