Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Faria, Iolanda Pinto de
 |
Orientador(a): |
Macêdo, Márcia dos Santos |
Banca de defesa: |
Sardenberg, Cecilia,
Lopes, Maria Magaret,
Gitahy, Leda,
Cabral, Carla,
Macêdo, Márcia dos Santos |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM)
|
Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35379
|
Resumo: |
A carreira acadêmica é marcada pelas desigualdades de gênero, que criam distorções relevantes no perfil de pesquisadores/as e, consequentemente, no conteúdo das pesquisas realizadas. Devido às especificidades do campo científico e das dinâmicas que lhes são próprias, estamos diante de um mercado de trabalho singular, no qual se tem como objetivo a produção de conhecimento, que se dá num contexto de lutas e disputas pelo monopólio da autoridade científica, reconhecida por pares-concorrentes. Nesse contexto, este trabalho analisa como as condições sócio-históricas de possibilidade, posicionalidades e disposições das bolsistas de produtividade em pesquisa (PQ) do CNPq permitiram a constituição de diferentes trajetórias e estratégias para aquisição de capital científico e, pois, alcance de reconhecimento na carreira acadêmica e, consequentemente, de posição de prestígio no campo científico. Assim, a partir da articulação interseccional das categorias analíticas gênero, raça/etnia, classe social e geração, este estudo avalia os dados da UFBa referentes às bolsistas PQ, confrontando-os com os nacionais, produzidos a partir da base de dados da própria agência financiadora, como a Plataforma Lattes, o Centro de Memória e o Programa Mulher e Ciência, e da Plataforma Sucupira - CAPES. Também analisa as trajetórias de vida das bolsistas PQ, resgatadas a partir de seus memoriais, de questionários e de entrevistas em profundidade. Os dados analisados apontaram para flagrante desigualdade de gênero que ainda mantém as mulheres, no período estudado, com cerca de apenas um terço do total de bolsas disponibilizadas, cenário que se agrava quando consideradas cada uma das categorias de bolsas isoladamente. Além disso, indicam que os cruzamentos de diversos sistemas de opressão resultam em trajetórias singulares e distintas que favorecem o ingresso e a progressão de carreira para um conjunto ainda diminuto de mulheres. |