ENTRE OS RITMOS DAS MEMÓRIAS, OS DIZERES RIMAM COM MULHERES: O VERSEJAR (AUTO)BIOGRÁFICO EM CORDÉIS CONTEMPORÂNEOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OLIVEIRA, FERNANDA SANTOS DE lattes
Orientador(a): SANTOS, ALVANITA ALMEIDA
Banca de defesa: SANTOS, ALVANITA ALMEIDA, SANTOS, LIVIA MARIA NATALIA DE SOUZA, SANTOS, JOSE HENRIQUE DE FREITAS, MOREIRA, JAILMA DOS SANTOS PEDREIRA, SANTOS, FRANCISCA PEREIRA DOS
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37538
Resumo: Esta tese reflete sobre os traçados da literatura de cordel brasileira buscando compreender as lacunas impostas pela tradição masculina através de mecanismos de repetição e de continuidade de paradigmas, ao abordar sobre os silenciamentos das vozes femininas ao longo da historiografia oficial e suas repercussões na contemporaneidade, enfatizando a produção de memórias femininas na dicção do versejar (auto)biográfico de cordelistas contemporâneas. O objetivo, de uma forma geral, é estabelecer uma análise de cordéis de autoria feminina contemporâneos para compreender como as cordelistas se (auto)representam e (auto)biografam a relação da mulher com o fazer literário. Para tanto, a pesquisa percorre as marcas da memória em cordéis de Jarid Arraes e da Obra Coletiva 82 anos de publicações femininas na literatura de cordel, organizada por Graciele Castro, que apresenta as trajetórias de 21 cordelistas contemporâneas. Como aporte teórico-metodológico, esta tese adota uma abordagem qualitativa a partir de uma pesquisa bibliográfica e de cunho exploratório pautados em estudos a respeito da literatura popular, a partir de perspectivas da autoria feminina e seus entrelaçamentos com a memória, refletindo sobre conceitos como biografia, autobiografia e reescrita de si. Tais noções serão revisitadas a fim de repensar o cordel enquanto gênero literário e como documento cultural a partir da compreensão dos modos como as mulheres cordelistas reconstroem as suas relações com a arte da voz e da palavra escrita de modo a empreender novas perspectivas para a historiografia, alargando as noções vigentes no campo literário e visibilizando subjetividades plurais. Conclui-se, portanto, que a análise nas marcas a partir de suas poéticas, possibilita reencontrar as lacunas da historiografia oficial a partir das rotas do versejar feminino que apresenta uma reescrita de si ao tempo que reconstrói uma nova história literária, inscrevendo seu pensar sobre o cordel, remoldando suas vidas e vislumbrando novos caminhos literários. Suas vozes performam novos sentidos e deslocam as memórias literárias a partir dos registros de suas escrituras.