Alexandre e outros heróis: um estudo da adaptação literária como tradução intersemiótica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cerqueira, Émille Souza lattes
Orientador(a): Camargo, Katia Aily Franco de lattes
Banca de defesa: Camargo, Katia Aily Franco de lattes, Yerro, Jorge Hernan, La Regina, Anne Greice Soares
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Outro
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38965
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar os contos O Olho Torto de Alexandre e A Morte de Alexandre, de Graciliano Ramos, traduzidos (e adaptados) para o telefilme Alexandre e Outros heróis [Rede Globo, 2013], roteirizado por Luis Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho, a partir da observação da cena ‘Alexandre passa mal’ – (33min18s - 40min16s), tendo como base a discussão da adaptação literária para o audiovisual como uma das maneiras de se traduzir uma obra, em especial a partir do processo de tradução intersemiótica. Serão utilizadas para estabelecer esta análise abordagens que consideram a adaptação literária para o audiovisual como uma das maneiras de se traduzir e reler uma obra; que refletem o funcionamento da narrativa e linguagem televisual; e que ressaltam a importância do roteiro como um dos processos que uma adaptação literária passa ao se constituir como uma nova obra. Para isso, a argumentação teórica parte da leitura de Roman Jakobson (1975), Julio Plaza (2003), C. S. Peirce (1974; 1977), André Lefévère (1975; 2007), Iuri Lótman (1996; 1998), Linda Hutcheon (2013) e Robert Stam (2006), no que se refere aos estudos da tradução e da adaptação; da fortuna crítica de Roland Barthes (2011), Walter Benjamin (1987; 2000) e Tzvetan Todorov (2011; 2013), bem como de Arlindo Machado (2000), Ana Maria Balogh (2002), Umberto Eco (1994) e Renata Pallottini (1998), nas questões referentes ao funcionamento da linguagem e da narrativa televisual; e de Syd Field (1979) e Doc Comparato (1993), no que diz respeito à importância do roteiro para adaptação de uma obra. Buscamos, portanto, ampliar as discussões sobre o processo adaptativo, especialmente do literário para o audiovisual, e comprovar que uma narrativa adaptada da literatura para o cinema está passível de gerar outras narrativas, outras leituras.