Meio ambiente, cultura e mídia: uma análise do posicionamento discursivo da Folha de São Paulo sobre as cops 21, 26 e 27

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nascimento, Giovana Souza Soares do lattes
Orientador(a): Matos, Rita de Cássia Aragão lattes
Banca de defesa: Ventura, Andréa Cardoso, Severino, José Roberto, Matos, Rita de Cássia Aragão
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura) 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40298
Resumo: A presente pesquisa propõe refletir sobre como o Jornal Folha de São Paulo faz uso dos princípios da comunicação pública ao divulgar a ciência, bem como examinar os pressupostos deste jornal acerca da noção de cultura e meio ambiente. A proposta analítica está em desenvolver uma análise de conteúdo das matérias que têm como pauta a COP21, em Paris, na França (2015), na qual foi adotado o Acordo de Paris com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima, e um comparativo das matérias que pautam a COP26 em Glasgow, na Escócia (2021) e COP27 em Sharm El Sheikh, no Egito (2022). É importante destacar que a seleção das Conferências das Partes (COPs) 21, 26 e 27 se deu em virtude dos significativos marcos políticos ocorridos nos anos correspondentes. Em 2015, durante a COP 21, o Brasil enfrentava a crise política do governo de Dilma Rousseff. Já em 2021, durante a COP 26, o país estava sob a liderança do governo de extrema direita do então presidente Jair Bolsonaro. Finalmente, em 2022, ano da COP 27, o Brasil passou por um período eleitoral crucial que culminou com o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. Para tanto, considerou-se os princípios da comunicação pública (Chirnev; Medeiros, 2021), a fim de verificar de que modo eles estão presentes na cobertura do Jornal em referência. A metodologia de pesquisa aplicada para analisar as exposições realizadas é a análise de conteúdo Bardin (2011). As discussões aqui empreendidas denotam o viés da comunicação pública na construção da corresponsabilidade para uma conquista coletiva e o conhecimento e adaptação do jornal às narrativas da cultura local observando a forma como foram retratados à população, que perpassa pelas escolhas e preocupações que as matérias suscitaram no jornal. Dentre os resultados encontrados, destacam-se a quantidade de notícias que pautaram os eventos e que foram proporcionais aos projetos de políticas voltadas para a defesa do meio ambiente de cada presidente eleito nos recortes temporais, como também a necessidade de uma divulgação pelo jornal mais acessível a todas as classes sociais. Tais premissas são articuladas com as reflexões sobre meio ambiente, cultura e comunicação pública presentes em: Ailton Krenak, Márcio Simeone Henriques, Jorge Duarte, Margarida Kunsch, Celso Furtado e Philip Kotler entre outros.