INCUBAÇÃO IN SITU EM BOVINOS E OVINOS NA AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS INDIGESTÍVEIS EM ALIMENTOS E FEZES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Reis, Maria José da Silva
Orientador(a): Santos, Stefanie Alvarenga
Banca de defesa: Carvalho, Stefanie Alvarenga, Ribeiro, Cláudio Vaz Di Mambro, Rufino, Luana Marta de Almeida
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30907
Resumo: Objetivou-se determinar uma metodologia de incubação ruminalin situ em bovinos para obtenção de indicadores internos, com base em frações indegradáveis aplicadas aos ensaios de digestibilidade com ovinos, e ainda, determinar e comparar os tempos críticos para obtenção de frações indegradáveis de alimentos volumosos, concentrados e fezes de bovinos e ovinos obtidos por meio da incubação in situ em bovinos e ovinos. O experimento foi conduzido na fazenda experimental da Universidade Federal da Bahia, localizada em São Gonçalo dos Campos, Bahia. Foram utilizados oito animais machos castrados e não castrados, fistulados no rúmen(4 bovinos mestiços e 4 ovinos mestiços). O procedimento de incubação foi realizado utilizando-se 2 quadrados latinos 4 x 4, sendo um quadrado latino para cada espécie. Os animais permaneceram em baias individuais durante todo o período experimental, de 66 dias, sendo 10 para adaptação e outros 56 dias para realização dos períodos experimentais de 14 dias cada. Todos os animais foram alimentados com silagem de sorgo e concentrado na proporção 80:20, com base na MS. Amostras de 12 alimentos (capim braquiária, capim- elefante, feno de tifton, cana-de-açúcar, silagem, silagem de sorgo, silagem de milheto, feno de alfafa, farelo de soja, farelo de trigo, fubá de milho, torta de algodão) e 4 fezes de bovinos e ovinos alimentados com alto ou baixo concentrado foram utilizadas neste estudo. Os tempos 0, 12, 24, 48, 96, 144, 192, 240, 288, 336 horas de incubação foram avaliados, sendo que o tempo 0 não foi inserido nos rúmen, apenas lavado em água corrente. Foram avaliadas as estimativas para a fração potencialmente degradável (B), taxa relativa à dinâmica de degradação ruminal (kd) obtida a partir de bovinos e ovinos e frações indigestíveis (I) da matéria seca (MS), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), limite superior do intervalo de confiança assintótico com 95% de probabilidade para a fração indegradável (LS) e tempo crítico (tc) para o alcance dessas frações nas diferentes espécies. Os resultados indicaram que para a maioria dos alimentos volumoso estudados, foram observadas diferenças no kd (P<0,05) entre bovinos e ovinos, exceto para MS e FDN do feno de alfafa, FDN da silagem de milho e FDA do capim-elefante. Para os concentrados o kd não diferiu (P>0,05) entre bovinos e ovinos para MS do farelo de trigo e FDN e FDA do fubá de milho. Para fezes, não foram observadas diferenças no kd (P<0,05) em nenhuma das amostras analisadas para MS. Apenas as fezes de ovinos-baixo concentrado não apresentaram diferença no kd para FDN (P>0,05), porém, houve diferenças no kd (P<0,05) paras fezes de ovinosalto concentrado e bovinos-baixo concentrado no estudo da FDA. Nas amostras onde ocorreram diferenças (P<0,05) para os valores do kd entre bovinos e ovinos, foi observada uma relaçãoinversamente proporcional entre o kd e o tempo critico (tc). Para as amostras em que o kd entre bovinos e ovinos são semelhantes (P>0,05), a relação entre os tc entre bovinos e ovinos é de igualdade. Para maioria dos alimentos e fezes avaliados, os tc observados para obtenção tanto de FDNi quanto FDAi foram superiores a 288 horas de incubação em ovinos, e essas mesmas amostras quando incubados no 13 bovinos obtiveram um tc inferior aos dos ovinos. Assim, recomenda-se que não se utilize a espécie ovina para obtenção de indicadores internos com base em ensaios de degradação in situ em razão do elevado tempo de incubação para obtenção da fração indegradável dos alimentos e fezes. Por outro lado, os indicadores internos MSi podem ser obtido a partir de 264 horas de incubação in situ em bovinos, com exceção da silagem de milheto, que deve ser obtida a partir de 336 horas. Por sua vez a FDAi pode ser obtida a partir de 288 horas de incubação insitu.