Contaminação por micotoxinas em sistemas de produção leiteiros na região semiárida da Bahia e avaliação da qualidade do leite e queijo em diferentes genótipos de cabra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nicory, Isis Miranda Carvalho
Orientador(a): Carvalho, Gleidson Giordano Pinto de
Banca de defesa: Santos, Stefanie Alvarenga, Araújo, Maria Leonor Garcia Melo Lopes de, Costa, Marion Pereira da, Carvalho, Bruna Mara Aparecida de, Leite, Laudi Cunha
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31063
Resumo: O estudo foi realizado com o objetivo de caracterizar e tipificar os Sistemas de Produção Leiteiros (SPL) e a ocorrência de contaminação por micotoxinas e aflatoxina M1 (AFM1) na região do Sisal da Bahia, identificando seus principais motivos e ocorrência regional. Na primeira etapa foram estudados 111 SPL. Os produtores foram submetidos a uma entrevista semiestruturada e questionário guia aprovado, relativo a variáveis quantitativas e qualitativas. Foi utilizada a Análise Fatorial Múltipla (AFM) seguida de Tipologia dos SPL. Foram realizadas análises qualitativas para AFM1 em todos os SPL. A segunda etapa teve início após triagem, na qual 23 SPL foram acompanhados durante um ano e colhidas amostras de alimentos e leite de cabra para detecção de micotoxinas e AFM1 no inverno e na primavera. Foi determinada a probabilidade de contaminação por micotoxinas e AFM1 e as correlações entre a contaminação delas dentro de cada Tipo. Foram colhidas amostras de leite para avaliação físico-química dos componentes em função dos Tipos de SPL utilizando AFM. Utilizou-se o Software R 2.15.0 e pacote Factor Miner em todas as análises. As dimensões 1 e 2 foram caracterizadas pelas variáveis sociais e manejo sanitário, respectivamente. A partir da tipologia foram obtidos três Tipos de SPL. Foram detectadas seis amostras positivas para micotoxinas (AF B1, B2, G2 e Zearalenona) em 8,22% (06/73) amostras de alimentos colhidos nos SPL selecionados. Houveram dois resultados positivos no inverno e quatro na primavera. Houveram três amostras positivas para AFM1 (0,01 a 0,04 μg/kg) e em nenhuma das amostras os níveis de concentração excederam os limites máximos do Brasil (0,5 μg/kg) e da União Europeia (0,05 μg/kg). Todos os casos positivos de contaminação ocorreram no Tipo 3. O Tipo 3 apresentou 25% (p< 0,01) de probabilidade estimada para contaminação por micotoxinas e 29% (p< 0,01) para AFM1 e os Tipos 1 e 2 apresentaram 0% (p> 0,01). A associação bidirecional via correlação demonstrou que a micotoxina teve correlação de 85% com a AFM1 no teste de Kendall e de 88% no teste de Spermean. As comparações das probabilidades de contaminação por micotoxinas e AFM1 entre os Tipos demonstraram que o Tipo 3 foi diferente (p<0,05) dos Tipos 1 e 2, e os Tipos 1 e 2 não foram diferentes (p>0,05) entre si. As variáveis de qualidade do leite não diferiram (p>0,05) entre os Tipos. Características climáticas, de gestão (anotações zootécnicas, decisão e centralização), de manejo sanitário e alimentar, e o número de atividades desenvolvidas no SPL diferenciam muito os produtores quanto a contaminação. Houve contaminação para micotoxinas e AFM1 nos SPL mais especializados em produção de leite (Tipo 3), porém não apresentaram risco aos consumidores da região estudada em 2016.