Eficácia da Mobilização com Movimento de Mulligan em pacientes com dor no ombro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dias, Daniela
Orientador(a): Araújo, Roberto Paulo
Banca de defesa: Luz, Cleber, Pinheiro, Igor, Matos, Marcos, Lopes, Paulo, Pestana, Maria Dida
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32628
Resumo: Resumo: Introdução – A dor no ombro apresenta prevalência alta e gera disfunções. A fisioterapia tem papel importante no tratamento da dor no ombro por meio de exercícios terapêuticos e técnicas manuais, como a Mobilization with movement de Mulligan, que se baseia na teoria da falha posicional articular. Objetivo – Verificar a eficácia da técnica de Mulligan na dor, na força muscular, na função e nos domínios de capacidade funcional, dor, limitação por aspectos físicos e emocionais representando a qualidade de vida em pacientes com dor no ombro. Material e métodos – Estudo intervencional tipo ensaio clínico randomizado. Participaram do estudo 36 pacientes adultos, 27 mulheres e 9 homens, idade média de 62 anos (Mulligan: 61,5+13,2 x Exercícios: 62+9,27), com dor no ombro secundária a lesão musculoesquelética. Foi cadastrado no REBEC (Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos) com no UTN: U 1111-1220-9766, e foi aprovado pelo Conselho de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde (CAAE 65901917.1.0000.5662). Constituído de três etapas, a primeira culminou com a construção de uma revisão sistemática com metanálise, exposta no artigo “Effect of mobilization with movement on pain, disability, and range of motion in patients with shoulder pain and movement impairment: a systematic review and meta-analysis”. A segunda etapa constou da coleta dos dados dos pacientes por meio da ficha clínica e sócio demográfica, avaliação por meio da escala visual numérica da dor, da algometria, da dinamometria socinética, do Penn Shoulder Score e do SF-36, bem como realização de tratamento baseado na técnica de Mulligan e exercícios terapêuticos. Os pacientes foram alocados através de lista randômica. A terceira etapa envolveu a construção da produção científica representada pelo capítulo do livro “Dor no Ombro” e pelos artigos: “Dor no ombro em mulheres com síndrome do manguito rotador”, “Efeito imediato da Mobilização com Movimento de Mulligan em pacientes com dor no ombro” e “Eficácia da Mobilização com Movimento de Mulligan em pacientes com dor no ombro: ensaio clínico randomizado”. Resultados – O artigo de revisão sistemática com metanálise apresenta a conclusão de que a técnica de Mulligan, combinada com reabilitação convencional, reduziu a dor em repouso, a incapacidade de abdução e rotação externa do ombro, em comparação com a reabilitação convencional isoladamente. Em comparação com Maitland, Mulligan melhorou o arco de movimento ativo de abdução do ombro. No artigo “Dor no ombro em mulheres com síndrome do manguito rotador”, a conclusão apresentada é de que a dor no ombro caracterizou-se como de alta intensidade, crônica, mais presente no movimento, acometendo, sobretudo, o ombro direito, e com fraca associação com a idade. O artigo “Efeito imediato da Mobilização com Movimento de Mulligan em pacientes com dor no ombro” expressa a conclusão de que a técnica de Mullican não foi a mais eficaz, se comparada a exercícios terapêuticos na redução da dor do ombro, sendo que exercícios apresentaram mais eficácia quando a medida foi realizada através da Escala Visual Numérica da dor; contudo não foi verificada melhora significativa ao ser mensurada pela algometria após a aplicação de uma única sessão de tratamento. E, na última produção, “Eficácia da Mobilização com Movimento de Mulligan em pacientes com dor no ombro: ensaio clínico randomizado”, concluiu-se, por meio da Escala Visual Numérica da dor, que a técnica de Mulligan foi eficaz na redução da intensidade da dor do ombro, na melhora da dor, na função e satisfação do paciente, no ganho da força muscular de flexão do ombro e no aumento da capacidade funcional, redução das limitações por aspectos físicos e emocionais do SF-36. Conclusão – Neste estudo a mobilização com movimento de Mulligan foi mais eficaz que os exercícios terapêuticos, na redução da dor do ombro, avaliada pela Escala Visual Numérica, na melhora da dor, função e satisfação com a função, no ganho da força muscular de flexão do ombro e na melhora da capacidade funcional, da dor, das limitações por aspectos físicos e emocionais.