Análise de decisão multicritério e SIG aplicados ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos na escolha de áreas para implantação de aterros sanitários - RMS/Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Purificação, Carlos Gleidson Campos da
Orientador(a): Leal, Luiz Rogério Bastos
Banca de defesa: Brito, Patrícia Lustosa, Fortuna Neto, João da Silva, Melo, Danilo Heitor Caires Tinoco Bisneto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33268
Resumo: No mundo são gerados entre 2 a 3 bilhões de resíduos sólidos urbanos - RSU, sendo aproximadamente 1 bilhão dispostos de maneira inadequada em lixões e/ou aterros controlados. A disposição ambientalmente adequada desses resíduos, depois de esgotado todas as possibilidades de aproveitamento desses, são os aterros sanitários. Entretanto, dos 5570 municípios do Brasil, 2218 municípios dispõem os seus resíduos em aterros sanitários, e os outros 3352 ainda dispõem em lixões e/ou aterros controlados. O Estado da Bahia possui apenas 43 aterros sanitários, contra um total de 269 lixões nos seus 417 municípios. Treze desses municípios contemplam a Região Metropolitana de Salvador - RMS, que é onde se encontram quatro aterros sanitários que recebem diariamente 4,9 toneladas de RSU, 40% em relação ao total gerado no Estado. A maioria dos aterros da RMS foram implantados em meados da década de 1990 em projetos com vida útil de 20 anos e atualmente possuem limitações ambientais para expansão de novas células. Diante disso, este trabalho teve como objetivo a identificação de áreas para implantação de novos aterros sanitários na RMS, com auxílio do sistema de informações geográficas, e da análise de decisão multicritério. Foram gerados dois modelos preliminares: o primeiro utilizou critérios restritivos estabelecidos por legislações brasileiras aplicados à quinze fatores/temas; no segundo utilizou-se critérios não restritivos aplicados à onze fatores/temas, a partir de conhecimento técnico e de literatura, definindo-se pesos com o método AHP. O primeiro modelo apresentou 30% de áreas aptas e 70% de áreas inaptas. O segundo modelo apresentou 8,4% de áreas muito favoráveis; 32,4% favoráveis; e 59,2% não favoráveis. Por fim, o modelo final, resultado do cruzamento dos dois modelos, onde 6,05% do total das áreas foram classificadas como muito favoráveis; 15,95% favoráveis; 8,56% não favoráveis; e 69,44% áreas inaptas. Embora o método proposto se aplique em qualquer região geográfica, é necessário entender suas limitações e/ou modificações, já que os fatores e critérios utilizados são inerentes às áreas estudadas e só é possível estabelecer regras rígidas para critérios restritivos quando há legislações específicas. No caso de critérios não restritivos, a análise é subjetiva, incumbindo aos especialistas a determinações das decisões.