Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Ana Cristian Alves de |
Orientador(a): |
Oliveira, Mário Mendonça de |
Banca de defesa: |
Oliveira, Mário Mendonça de,
Muñoz, Rosana,
Santiago, Cybèle Celestino,
Silva, Vanessa Silveira,
Cascudo, Helena Carasek,
Dumêt, Tatiana Bittencourt |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28748
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Resumo: |
O uso de adições minerais em argamassas é conhecido desde a antiguidade, especialmente quando se desejavam características hidráulicas e de durabilidade nas construções. No Brasil, recomendações sobre a elaboração de formulações com adição de material cerâmico foram constatadas nas descrições de obras de engenheiros militares da época colonial. Na Bahia, também foi registrado o provável emprego desse material nas argamassas de revestimento e assentamento das muralhas de algumas fortificações. Apesar dessas evidências, nota-se, no País,carência de pesquisa aprofundada sobre possíveis adições a incorporar nas formulações destinadas à conservação e ao restauro de edificações do patrimônio histórico nacional. Este trabalho visa investigar o uso de adições minerais, com características pozolânicas e disponíveis nacionalmente, na produção de composições à base de cal, que atendam às exigências para aplicação em intervenções restaurativas de edifícios antigos. A pesquisa compreendeu duas fases. Inicialmente, foi efetuado levantamento bibliográfico e documental sobre as tecnologias tradicionais das argamassas com base em cal (materiais e técnicas de execução), que permitiu análise geral no que diz respeito à incorporação de adições minerais nas misturas de cal. Na segunda fase, realizaram-se procedimentos experimentais, abrangendo duas linhas de estudo: i) conhecimento da composição de argamassas de antigas fortificações, visando à identificação de eventuais adições usadas na sua elaboração; ii) caracterização de formulações de cal, elaboradas com pó cerâmico, metacaulim, cinzas volantes e sílica ativa, tendo em vista o cumprimento de requisitos de desempenho para argamassas antigas. Para atingir os objetivos propostos, amostras de argamassas de fortificações foram caracterizadas por meio de análises químicas, físicas e mineralógicas e, além disso, foram elaboradas composições de cal, com as referidas adições, e avaliado o seu comportamento. Os resultados permitiram confirmar a presença de compostos hidratados como os silicatos e aluminatos de cálcio hidratados, oriundos das reações de caráter pozolânico em algumas amostras de argamassas antigas estudadas. As composições formuladas com pó cerâmico, sílica ativa e metacaulim apresentaram desempenho global pouco satisfatório quanto às características pretendidas para utilização aplicação em suportes de edifícios antigos. A argamassa de cal com adição de cinzas volantes foi a que se considerou mais adequada à utilização em intervenções em edificações antigas, uma vez que mostrou, no estado endurecido, bom desempenho face à ação da água, boa resistência mecânica, adequada aderência, boa resistência à ação dos sais solúveis, comparativamente às outras argamassas de estudo com adições. Salienta-se a importância desta pesquisa no campo da Conservação e Restauro pelas contribuições geradas, uma vez que permitiu reunir e ampliar conhecimentos sobre a composição de argamassas antigas de cal nacionais e as possíveis alternativas de formulações específicas para intervenções no patrimônio nacional edificado, fundamentadas em critérios que assegurem propriedades de desempenho. |