Como ensinar a estudantes universitários de Ciências Biológicas e ciências da saúde sobre a crise do conceito de Gene?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Nascimento, Lia Midori Meyer
Orientador(a): El-Hani, Charbel Niño
Banca de defesa: Leite, Marcelo, Barbosa, Jonei Cerqueira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16030
Resumo: Na atualidade, considera-se que o conceito de gene está “em crise”. Esta crise diz respeito a um modelo em particular sobre a natureza dos genes, o modelo molecular clássico. Neste modelo, o gene é considerado uma unidade estrutural, funcional e informacional, sendo entendido como uma sequência de DNA responsável pela produção de uma molécula de mRNA ou de um polipeptídio específico, com função única. A crise do modelo molecular clássico decorre da impossibilidade de se manter a idéia de unidade atribuída aos genes frente à complexidade da arquitetura e dinâmica genômicas. Diante desta crise, propostas de revisão conceitual têm sido apresentadas. O presente estudo busca discutir desenvolvimentos recentes acerca do conceito de gene, em particular, reformulações propostas na segunda metade da década de 2000, tais como o tratamento de genes como processos (Keller, 2005; El-Hani et al. 2009); aintrodução de novas formas de falar sobre genes, como na proposta dos conceitos de genon e transgenon (Scherrer e Jost, 2007a, 2007b), e de dene, bene e genitor (Keller e Harel, 2007); e propostas para o conceito de gene que emergiram no âmbito dos projetos Genoma Humano e ENCODE. Discutimos se e como essas propostas conseguem superar os desafios ao modelo molecular clássico, assim como os seus limites de aplicação.