A atuação do tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais-português (Tilsp) na educação profissional: estratégias de tradução e a criação de sinais-termo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marinho, Erivaldo de Jesus
Orientador(a): Teixeira, Elizabeth Reis
Banca de defesa: Teixeira, Elizabeth Reis, Castro Junior, Gláucio de, Ramos, Elizabeth Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26646
Resumo: O ingresso de estudantes Surdos nas diversas instituições de ensino cresce a cada dia e, nas instituições de educação profissional, não é diferente. Diante da especialidade da educação profissional, o presente trabalho visa investigar as dificuldades enfrentadas pelos Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais-Português (TILSP) nesse ambiente específico, as estratégias utilizadas durante a interpretação simultânea para terminologias que ainda não possuem um sinal-termo em Libras, e descrever como acontece o processo de criação de sinais-termo. Para descrição das decisões tomadas durante o processo tradutório, utilizamos as modalidades de tradução pospostas por Aubert (1998), aplicadas à interpretação em Libras por Nicoloso (2015). Sobre a discussão para a criação de sinal-termo, baseamo-nos em Faria-Nascimento (1999), Costa (2012), Castro Junior (2011, 2014) e Luchi (2013). A metodologia empregada neste trabalho é de natureza qualitativa, de cunho exploratório-descritivo. O corpus da pesquisa é composto por dados oriundos da observação de aulas e de entrevistas com TILSP numa instituição de educação profissional. Os resultados indicam que os maiores problemas enfrentadas pelos TILSP são a falta de conhecimento prévio sobre o conteúdo ministrado em sala de aula e a inexistência de sinais-termo em Libras. Diante dessa última problemática, como estratégia durante a interpretação simultânea, destacaram-se o uso de empréstimo seguido de acréscimo. Também foram percebidas apenas a utilização de empréstimo e, a utilização sequencial de empréstimo, acréscimo e tradução intersemiótica. Percebemos, ainda, que o processo de interpretação nas salas de aulas da educação profissional tem gerado uma gama de novos sinais-termo na Libras. Os sinais-termo são criados de forma indiscriminada pelos TILSP, muito embora registre-se a colaboração dos estudantes Surdos em sua criação. À medida que não existe validação e uma padronização de sinais-termo, surgem, inevitavelmente, variantes linguísticas. Entretanto, percebemos que as dificuldades enfrentadas pelos TILSP poderiam ser minimizadas com a implantação do serviço de tradução e interpretação de Libras.