Riscorisco: traço-luz escuridão nas imagens do fogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rocha, José Raimundo Magalhães
Orientador(a): Rangel, Sonia Lucia
Banca de defesa: Trinchão, Gláucia Maria Costa, Veloso, Jorge das Graças, Paraíso, Juarez Marialva Tito Martins, Hernandez, Maria Herminia Olivera, Rangel, Sonia Lucia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Belas Artes
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32765
Resumo: Tese referente a pesquisa prático-teórica inserida na linha Processos de Criação Artística em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFBA. No percurso da investigação pela via da experiência poética, estabeleceram-se conexões entre local e global, com um natural acesso ao imaginário presente na Guerra de Espadas de Fogo, manifestação cultural de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, por ser ela também a cidade de origem do pesquisador. Ao examinar um acervo de vídeos capturados desde o ano de 2011 e cadernos com desenhos, foram evocadas e afloraram, no artista, tanto a visualidade de imagens dessa manifestação como as memórias de uma paisagem interior, cuja visibilidade remonta ao tempo da infância na cidade natal. Uma consequente repercussão em imagens – experiência visual entre memória e vida – fez brotar um percurso com dominância gráfica, mas expandido entre meios artesanais e digitais. A poética foi conduzida pelo interesse nos efeitos causados pela luz do material incandescente expelido pelas espadas de fogo, em contraste com a escuridão. O novo ciclo trouxe obras realizadas apenas com carvão e outras matérias calcinadas, como fuligem e negro de fumo, em meios bidimensionais e em formato de vídeos de animação. O Princípio de RISCO – entre o verbo e o substantivo, em suas acepções de desenhar e de perigo iminente – ocupa lugar central, configurando-se numa poética visual contemporânea entre traço, luz e escuridão. A metodologia se apoiou na Abordagem Artístico-Compreensiva para Processos de Criação, proposta pela Professora Doutora Sonia Rangel, que conduziu o artista-pesquisador a compreender e a organizar a experiência sensível, a invenção e a recepção de sua própria obra, para torná-la também visível e comunicável sob a forma de uma reflexão crítico-criativa. Fazem-se diálogos com teóricos e artistas, como Arlindo Machado, George-Didi Huberman, Giorgio Agamben, Kilian Glasner, Luigi Pareyson, Michel Maffesoli, Pedro Marighella, Regina Silveira, Sonia Rangel, William Kentridge, entre outros.