Efetividade do tratamento ortodôntico com alinhadores avaliada por meio do sistema proposto pelo board americano de ortodontia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Sara Ramos Braga
Orientador(a): Bittencourt, Marcos Alan Vieira
Banca de defesa: Bittencourt, Marcos Alan Vieira, Neves, Frederico Sampaio, Barbosa, Marcelo de Castellucci e
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33689
Resumo: Os alinhadores ortodônticos constituem uma técnica de tratamento cada vez mais utilizada pelos profissionais e requisitada pelos pacientes, principalmente por conta do apelo estético que possui. Apesar de existirem há cerca de 20 anos, poucos estudos avaliaram, de forma objetiva e precisa, a qualidade do resultado final do tratamento realizado através desta ferramenta. Então, o objetivo deste estudo foi avaliar, utilizando o método proposto pelo Board Americano de Ortodontia (ABO), se os resultados dos tratamentos ortodônticos realizados por meio de alinhadores são satisfatórios e se há associação entre estes resultados e o grau de complexidade do caso ou a maloclusão apresentada pelo paciente ao início do tratamento. Foram analisados, segundo os critérios propostos pelo ABO, exames pré e pós-tratamento (modelos de estudo, telerradiografia lateral inicial e panorâmica ou conjunto de periapicais finais) de 44 pacientes, tratados exclusivamente com o sistema Invisalign®. Por meio da avaliação dos exames iniciais, foi mensurado o Índice do Grau de Complexidade (IGC) e, na avaliação dos exames pós-tratamento, por meio dos critérios estabelecidos pelo Sistema Objetivo de Avaliação (SOA), foi mensurada a qualidade do resultado final. Todas as avaliações foram feitas digitalmente, utilizando-se os softwares OrthoAnalyzer® e Dolphin®. Os erros intra e inter- examinadores foram calculados por meio dos Coeficientes de Lin e Bland-Altman e os dados obtidos foram tratados estatisticamente. Foram calculadas as médias e medianas para cada variável do IGC e do SOA, bem como as associações entre cada aspecto do IGC ou o tipo de maloclusão apresentado pelo paciente, de acordo com a classificação de Angle, e o escore do SOA, por meio de testes de soma de rankings de Wilcoxon. Foi considerado nível de significância de 5%. Dos 44 pacientes, 36 apresentaram IGC de grau leve, cinco grau moderado e três grau severo, tendo-se obtido um IGC médio de 10,9 pontos. Para o SOA, obteve-se média de 21,1 pontos perdidos na avaliação pós-tratamento. Não foi encontrada associação entre a complexidade inicial da maloclusão (IGC) e o SOA, embora, ao se considerar individualmente cada aspecto que compõe o IGC, observou-se associação significativa (p<0,05) com o ângulo SN-GoGn. Em relação ao tipo de maloclusão presente ao início do tratamento, 25 pacientes apresentaram maloclusão de Classe I, 14, de Classe II e cinco, de Classe III. Os pacientes com maloclusão de Classe II foram os que sofreram maior quantidade de pontos perdidos na avaliação final (25 pontos), seguidos pelos portadores de maloclusão de Classe I (19 pontos) e Classe III (12 pontos), com diferença estatisticamente significante entre eles (p<0,05). Assim, uma vez que a quantidade de pontos perdidos para um tratamento ser considerado satisfatório é de até 30 pontos, pode-se concluir que o uso de alinhadores pode produzir resultados finais adequados, especialmente em pacientes que apresentam, ao início do tratamento, ângulo do plano mandibular próximo da normalidade e maloclusões de Classe I ou III.