Para o bem da raça: a época da eugenia na Bahia (1915-1935)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nogueira, Lucas Carvalho do Nascimento
Orientador(a): Sansone, Livio
Banca de defesa: Caponi, Sandra, Sansone, Livio, Malta, Iacy
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Progama de Pós Graduação em Estudos Étnicos e Africanos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32073
Resumo: O presente trabalho investiga o movimento eugênico na Bahia, durante as décadas iniciais do século XX. Nesta análise procuro mostrar que a eugenia assumia diversos caminhos e contava com diferentes entusiastas, uns mais comedidos, outros radicais a favor de medidas como esterilização, e aborto. Entretanto a análise não se limita em diagnosticar esses autores, mas, busca compreender as redes pelas quais eles estavam inseridos. A começar pelas mudanças processadas no pensamento social brasileiro entre os anos 1910-1920, que abriu espaço para a redenção da raça a partir do saneamento. Neste sentido, analiso as campanhas sanitárias com foco na eliminação de doenças, sobretudo a ancilostomose, na qual foi verificada a aliança entre governo da Bahia e Fundação Rockefeller, de 1920 a 1922. As categorias centro e periferia são exploradas no estudo da inserção baiana no debate científico nacional. Contudo verifico que, por mais que a Bahia ocupasse um espaço periférico dentro da ciência nacional, seus homens de ciência elaboraram um discurso ligado à eugenia, e que se contrapunha a narrativa de subalternidade local.