Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Brito, Ricardo Lustosa |
Orientador(a): |
Franke, Carlos Roberto |
Banca de defesa: |
Fernandes, Lia Muniz Barreto,
Romão, Cláudio de Oliveira,
Silva, Aristeu Vieira da,
Lima, Artur Gomes Dias |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-graduação em Ciência Animal nos Trópicos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31748
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Resumo: |
Objetivou-se neste estudo avaliar o risco da ocorrência de Cryptococcus spp. e ectoparasitos associados à presença de pombos (Columba livia) em hospitais, escolas, praças, igrejas e prédios antigos na cidade de Salvador, nordeste do Brasil. No período de 2015 a 2016, foram coletadas 851 amostras, sendo: de swab da cloaca de pombo (n= 229), material aderido às patas de pombo (n=26), fezes de pombos do ambiente (n= 315), poeira do interior de recintos (n=218) e detrito de árvores (n=63). Nos hospitais todos os tipos de amostras foram coletados o que variou para os demais locais de estudo. Os pombos foram capturados com rede, anilhados e coletadas amostras de cloaca e de resíduos de patas. Em três exemplares foram acoplados mini-GPSs. Foi realizada identificação fenotípica e bioquímica de Cryptococcus spp. O Risco Relativo [RR] de contaminação de Cryptococcus spp. foi calculado entre os locais com a presença de pombos e suas fezes em relação à poeira de recintos internos em hospitais e escolas, bem como, para locais com a presença de pombos e suas fezes em igrejas e prédios antigos em relação às praças. A positividade geral nas amostras foi de 15,0% (128/851), sendo 72,3% (99/137) de C. albidus, 17,5% (24/137) de C. laurentii, 10,2% (14/137) de C. neoformans, nove amostras apresentaram contaminação mista. Segundo os resultados de isolamento, as áreas externas dos hospitais apresentaram 3,6 vezes risco mais elevado de contaminação por Cryptococcus spp. em relação aos seus recintos internos (RR 3·6, 95% IC 1·5 - 7·4; p = 0·001). As igrejas e prédios antigos apresentaram duas vezes mais risco de contaminação em relação às praças (RR 2∙0, 95% CI 1∙0 – 3∙9; p=0∙036). C. albidus e C. laurentii foram isolados em amostras de cloaca (56/229), patas de pombos (8/26) e detritos de árvores (2/63). C. neoformans (n=14) foi isolado apenas em amostras de fezes. Foram registradas infestações nosocomiais por Ornithonyssus bursa, Pseudolynchia canariensis e Peckia intermutans em um dos hospitais estudados, todas associadas à presença de Columba livia. Medidas estruturais são necessárias para evitar a permanência de pombos e a formação de seus ninhos, além de ações de educação no sentido de não alimentar essas aves e aprimorar o manejo do lixo em espaços públicos e nos hospitais, evitando a exposição das pessoas às contaminações e infestações associadas a Columba livia. |