Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Rosinês de Jesus |
Orientador(a): |
Telles, Célia Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28887
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Resumo: |
A manipulação do léxico pelo poeta Arthur de Salles foi o elemento causador desse trabalho. O freqüente uso de palavras incomuns ou mesmo estranhas aos dicionários é latente em sua obra. Isso levou a despertar para dois fatos lexicológicos que ainda não haviam sido estudados na escrita do poeta: os neologismos e os regionalismos. Esses dois fatos suscitaram várias questões de cunho extralingüiístico. Para alcançar esse objetivo, em primeiro lugar, é necessário dar uma notícia sobre o poeta e sobre a sua produção de temática regional e ainda sobre a sua correspondência, cujo léxico surpreendeu no que tange à freqüência de neologismos. A partir disso, percebeu-se que tratar do léxico, ainda que seja relativo ao discurso individual de um autor, sem se remeter a comunidade em que ele está inserido, seria uma missão, no mínimo, incompleta. Sendo assim, se noticiou algo sobre o Recôncavo Baiano da primeira metade do século XX: suas cores, suas gentes, seus costumes, seus ritmos e tudo aquilo que era vivenciado na escrita de Arthur de Salles. O principal objetivo da presente dissertação é, pois, a elaboração de um vocabulário de neologismos e de regionalismos, segundo o corpus estudado (a obra de temática regional do poeta e a sua correspondência a Durval de Moraes). Para tanto, fez-se um apanhado geral do referencial teórico que versava sobre a elaboração de obras lexicográficas, a fim de estabelecer um método para a feitura do vocabulário. Estruturou-se, por fim, o vocabulário, propriamente dito, com os comentários relativos a esses dois mundos: os regionalismos e os neologismos que, no caso da escrita de Arthur de Salles, se entrecruzam. Desse modo tem-se uma pertinente contribuição aos estudos lexicológicos e é claro, filológicos, pois tudo foi feito com o intuito único de manter a fidelidade e o amor ao texto escrito. Ao considerar que essa dissertação esteve pautada em probabilidades e não em certezas, chegou-se a um trabalho lexicográfico, a partir da observação da manipulação do léxico de um poeta. O estudo do léxico de Arthur de Salles teve como finalidade compreender o processo de criação lexical, estabelecendo-se a relação entre os neologismos e os regionalismos. Os regionalismos, em menor quantidade, navegam entre os neologismos, e muitas vezes aqueles se confundem com estes, por se tratarem de formas já pouco usadas hoje, ou de significação tão específica que só é possível saber-se o seu significado dentro do contexto. Por outro lado, há também os neologismos que identificam claramente a cor local, o meio que o poeta eterniza através da criação de novas palavras. Confirmou-se, parcialmente, a hipótese inicial, pois se notou que o número de neologismos é superior ao de regionalismos, aparecendo sem receios nas cartas. Tem-se, desse modo, um mar de neologismos, pois foi encontrada uma quantidade considerável de formas neológicas, enquanto os regionalismos, mesmo que mais timidamente, navegam nesse mar. |