Avaliação da estabilidade de cor de materiais odontológicos utilizados em diferentes técnicas e imersos em café

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Schitini Júnior, Osvaldo
Orientador(a): Mathias, Paula
Banca de defesa: Brandão, Carla, Bezerra, Rebeca, Aguiar, Thaiane, Felippi, Juliana
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós graduação em Processos Interativos de Órgãos e Sistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33050
Resumo: Introdução - A estabilidade de cor dos materiais restauradores é um dos principais desafios quando restaurações odontológicas estéticas são realizadas. Protocolos de imersão em substâncias que contêm corantes, assim como diferentes técnicas e materiais restauradores devem ser investigados quanto à maior susceptibilidade de alteração de cor, especialmente quando o fator tempo é considerado. Objetivo - Investigar diferentes protocolos de imersão em café, variando-se tempo de imersão para uma resina composta nanoparticulada. Avaliar o efeito de diferentes angulações da ponta guia do aparelho fotoativador (0o, 20o e 45o) em relação a duas resinas compostas, uma nanoparticulada e outra nano-híbrida. Avaliar a estabilidade de cor de restaurações estéticas realizadas com diferentes materiais e técnicas (direta, indireta e direta-indireta), submetidas à imersão em café. Materiais e métodos - As etapas que descrevem a confecção dos corpos de prova pela técnica direta se aplicam aos diferentes trabalhos realizados, excetuando-se a quantidade dos corpos de prova e as variáveis estudadas, como a inclinação da ponta do aparelho emissor de luz durante a fotoativação. Além da análise de materiais diretos, foram avaliadas restaurações realizadas pelas técnicas direta-indireta e indireta. Para a confecção dos corpos de prova, foi utilizada uma matriz de aço inoxidável bipartida (4 mm de espessura x 7 mm de diâmetro), posicionada sobre uma placa de vidro. A matriz foi preenchida com um único incremento com o compósito coberto com uma tira de poliéster. Sobre o conjunto foi posicionado um peso de 500 mg, deixado por 30 segundos para o escoamento do excesso de material. Após a remoção do peso, o compósito foi fotoativado por 20 segundos, usando-se a unidade de luz no modo padrão de intensidade de potência (1000mW/cm2) (VALO LED Curing Light - Ultradent). Em seguida, os corpos de prova foram identificados, planificados e polidos em politriz metalográfica (Aropol VV-200, Arotec), com a utilização de lixas d'água de granulação 1500 e 2000, sob irrigação constante com água, 20 segundos para cada lixa. Resultados - No Artigo 1, relata-se que a exposição ao café promoveu alteração de cor do compósito nanoparticulado Filtek Z 350 XT 3M Espe (cor A1), em todos os protocolos de imersão investigados, sendo o maior manchamento encontrado nos grupos que sofreram trocas diárias da solução e maior período de exposição ao café. No Artigo 2, destaca-se a inexistência de diferença significativa entre as diversas inclinações durante a fotoativação na estabilidade de cor das duas resinas testadas. Independentemente das inclinações, as resinas nanoparticuladas, apresentaram maior alteração de cor que as nano-híbridas. Em relação à luminosidade, maiores valores de alteração de cor foram encontrados nas resinas nanohíbridas. No Artigo 3, os resultados indicam que, dos materiais restauradores testados, utilizados na confecção de facetas estéticas, todos apresentaram alteração na estabilidade de cor ao longo dos 28 dias de imersão em café, com um ∆E (variação total de cor) inaceitável esteticamente. O grupo das cerâmicas demonstrou menor potencial de manchamento. A resina composta usada nas técnicas direta e direta-indireta apresentou valores superiores aos dos demais materiais testados e semelhantes entre si. O cerômero, por sua vez, mostrou valores de manchamento intermediários, quando comparados aos dos demais grupos. Conclusão - As alterações de cor ocorrem em todos os materiais restauradores submetidos à imersão em café, independentemente do tipo de material e da técnica de restauração usada. Contudo, a cerâmica odontológica demonstrou maior estabilidade de cor, seguida pelo cerômero e pela resina composta usada na técnica direta ou direta-indireta. A resina nanoparticulada apresentou maior alteração de cor, quando foram investigados os efeitos das variações de angulação da ponta fotoativadora (0,20 e 45 graus). Em contrapartida, manteve maior luminosidade, quando comparada à nano-híbrida. O protocolo de imersão em café que demonstrou maior potencial de manchamento em uma resina nanoparticulada foi o de 48 minutos diários por 28 dias.