Sons, torés e toantes da corrida do imbu: afirmação e reafirmação do ser indígena Pankararu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Andeson Cleomar dos lattes
Orientador(a): Luhning, Angela Elisabeth lattes
Banca de defesa: Carvalho, Maria Rosário Gonçalves de lattes, Almeida, Cristiane Maria Galdino de lattes, Luhning, Angela Elisabeth lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS)
Departamento: Escola de Música
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34900
Resumo: Nós, povos originários, lutamos diariamente para podermos existir dentro de nossas especificidades e particularidades. Vivemos em constantes ataques aos nossos territórios, culturas, corpos e direitos originários, isto desde o início da invasão no ano de 1500. Nesse sentido, a presente dissertação surge como um ato político, de resistência, de luta de um movimento militante indígena, evidenciando minha condição étnica enquanto indígena Pankararu. A corrida do imbu é o principal ritual do povo Pankararu, que acontece anualmente com a chegada da safra do fruto imbu e tem a duração de, aproximadamente, três meses desde seu início quando são flechados os primeiros imbus da safra. Trata-se de uma festa de celebração à vida, de respeito a todos os seres vivos e encantados que habitam esse planeta. Nosso território tradicional está localizado no alto sertão pernambucano, entre os municípios de Jatobá, Petrolândia e Tacaratu, com uma área de 14.294 hectares e uma população de 8.184 pessoas (Siasi/Sesai, 2014). Esta pesquisa, realizada nas aldeias Saco dos Barros, Brejo dos Padres e Serrinha (lugares onde acontece o ritual), teve como objetivo identificar/apresentar como o ritual da corrida do imbu aparece nos processos de afirmação da identidade Pankararu, de reafirmação e fortalecimento do ser e de ser indígena Pankararu. A partir de uma abordagem etnomusicológica e de uma perspectiva indígena, proponho reflexões sobre questões/temas tais como espiritualidade, educação, identidade, território, cultura, política e histórias, evidenciando alguns aspectos do fazer musical ritualístico presente no ritual Pankararu.