Tapera, Pau Grande e Barbeiro: uma geohistória de resistência de comunidades tradicionais, no Litoral Norte da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Diniz, Edite Luiz
Orientador(a): Silva, Maria Auxiliadora da
Banca de defesa: Germani, Guiomar Inez, Oliveira, Gilca Garcia de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia ,Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19777
Resumo: A presente pesquisa buscou compreender o modelo de posse e uso da terra e o processo de ocupação e transformação forjada antes e após as intervenções feitas por agentes externos no espaço das comunidades Tapera, Pau Grande e Barreiro, Município de Mata de São João, no Litoral Norte da Bahia. O conflito existente no espaço, nos últimos trinta anos, entre as comunidades tradicionais, os projetos da Fundação Garcia D’Ávila e da Imobiliária Açu da Torre, pelo mesmo espaço, ― as “reservas particulares” Sapiranga e Camurujipe e a cercania da Lagoa Aruá ―, no qual as comunidades enfrentam processo de expropriação e resistem às diversas estratégias usadas por esses agentes. Todavia, o projeto de reservas particulares é recente e contraditório porque nesse mesmo espaço estão localizadas as comunidades tradicionais há mais de dois séculos. Para entender este conflito usou-se como referência teórica as abordagens da valorização do espaço de Santos e Morais que analisam a partir da qualidade, quantidade e variedade dos recursos naturais ainda disponíveis no espaço e a de Martins que explicita os dois regimes de propriedades, terra de negócio e terra de trabalho. A análise ressalta as conseqüências desse modelo implantado nessas comunidades. Tais procedimentos ajudaram a compreender as relações entre os agentes externos, suas estratégias para expropriar as comunidades de suas terras e visualizar a resistência histórica dessas comunidades no cotidiano e em audiências públicas. Além disso, analisam-se os conteúdos das políticas ambientais na gestão do espaço buscando entender como essas políticas acentuaram a invisibilidade dessas comunidades tradicionais. Neste sentido, levou-se em consideração os depoimentos dos moradores e a situação de exclusão em que vivem.