δ¹³C de corais escleractíneos uma ferramenta na quantificação de ¹²CO2 absorvido pelo Oceano Superficial Atlântico Sul Equatorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Braga, Brenda Lorena Soares da Silva
Orientador(a): Kikuchi, Ruy Kenji Papa de
Banca de defesa: Pinheiro, Bárbara Ramos, Zucchi, Maria do Rosário
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
CO2
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33277
Resumo: O crescente interesse em reconstruções paleoclimáticas vem promovendo um rápido avanço nos estudos que utilizam registros geoquímicos provenientes de arquivos naturais (e.g. anéis de árvores, testemunhos de gelo, corais) para acessar condições ambientais passadas. Dentre esses, os registros com base em corais se destacam como uma importante ferramenta na compreensão da variabilidade climática nos trópicos. Durante a precipitação do exoesqueleto dos corais a partir da água do mar, razões isotópicas e elementos traços (e.g δ18O, δ13C e Sr/Ca) são incorporados nessa estrutura. A composição isotópica doesqueleto de corais (δ18O e δ13C) têm sido frequentemente utilizada como indicador na compreensão devários fatores ambientais (e.g temperatura, irradiação solar, turbidez, cobertura de nuvens, carbono inorgânico dissolvido). O isótopo de oxigênio tem sido usado na reconstrução da temperatura pretérita e o isótopo de carbono tem sido usado para estimar mudanças na composição isotópica do carbono inorgânico dissolvido (CID) nos oceanos, pois, as mudanças no δ13C-CID estão relacionadas ao aumento de 12C oriundo de queima de componentes fósseis conhecido como Efeito Suess. Aqui, relatamos dados isotópicos do δ13Ce δ18O baseados em colônias da espécie Mussismilia braziliensis e Siderastrea stellata, para o oceano Atlântico Sul Equatorial. Ciclos isótopos indicam idades de 15, 23 e 27 para colônias de M. braziliensis e 22, 32e 41 para colônias de S. stellata. Os valores médios de isótopo de carbono e oxigênio foram respectivamente de 0,13±0,99 e 2,19±0,23‰ (SS01G), -1,69±0,55 e -2,39±0,98‰ (SS02D), 0,22±0,46‰ e -2,24±0,33‰ (SS03D) e -0,71±0,74 e -3±1,21 ‰ (MB01_2C), -0,58±3,09 e -2,67±0,08 ‰ (MB02D), -1,44±0,11 e -2,70±1,28 ‰ (MB03B). Dados do Southern Oscillation Index (SOI)foram utilizados e comparados com os registros de isótopo de oxigênio. A espécie S. stellata exibiu uma tendência negativa na série temporal do δ13C das três colônias, semelhantes ao empobrecimento observado em outras regiões do Atlântico Sul. O δ13C das colônias de M.brazilensis apresentou variação a curto prazo relacionada principalmente pela fisiologia. Registro isotópicode carbono com base em corais da espécie S. stellata mostra-se uma ferramenta com potencial para contarhistoricamente a mudança isotópica que vem ocorrendo no CO2 do oceano Atlântico Sul Equatorial. Oconteúdo isotópico da espécie M. braziliensis necessita ser mais bem explorado.