Efeito da temperatura no comportamento de Tropidurus hygomi Reinhardt & Luetken, 1868 (Iguania: Tropiduridae) nas restingas do litoral norte do Estado da Bahia e norte do Estado de Sergipe, Nordeste, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Martins, Karina
Orientador(a): Dias, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12822
Resumo: Nos lagartos os mecanismos de regulação da temperatura corpórea atingem um destacável grau de refinamento, já que muitas espécies vivem sob diferentes gradientes de variação térmica regidos pelas diferenças na ocupação do ambiente. A temperatura corpórea em atividade de lagartos é considerada um caráter filogenético e um reflexo das aptidões biológicas do clado, moldada ao longo de sua história evolutiva. Por sua vez os mecanismos comportamentais são influenciados pela necessidade de regulação da temperatura, incluindo tempo de atividade e seleção de microhabitats térmicos apropriados. A maioria dos trabalhos assumem que esses mecanismos comportamentais de termorregulação são adaptáveis, onde lagartos evitam temperaturas extremas do corpo e conseguem algum controle sobre os processos metabólicos. Tropidurus hygomi é uma espécie de lagarto restrita em distribuição geográfica ocorrendo numa faixa litorânea de aproximadamente 400km. Este trabalho foi desenvolvido nos limites norte dos dois Estados brasileiro que a espécie ocorre: Bahia e Sergipe. O objetivo principal deste trabalho foi estudar o processo de termorregulação e suas a relações com os padrões de uso de habitat e as táticas de forrageio e padrões de comportamento intraespecíficos em Tropidurus hygomi em restingas do Litoral Norte da Bahia e Norte de Sergipe, e testamos a hipótese de que a variação no gradiente latitudinal (através das mudanças térmicas locais) possa estar afetando os padrões comportamentais e ecológicos das populações A captura dos lagartos foi feita através de busca ativa por toda a extensão das restingas de forma aleatória diariamente das 6h às 18h por 20 dias. T. hygomi apresentou conservatividade filogenética da temperatura corpórea mesmo existindo variação no gradiente térmico entre as áreas de estudo. T. hygomi utilizou principalmente os microhabitats onde havia uma alta incidência de luz solar. Os padrões comportamentais mostraram-se voltados para a regulação da temperatura corpórea e houve uma baixa taxa de movimentação do lagarto ao longo do dia ressaltando o padrão do gênero de forrageador sedentário.