Contribuições da família na escolarização de alunos internados para tratamento de saúde no Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos – HUPES (UFBA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Luciana Rodrigues Brasil Palheta lattes
Orientador(a): Bordas, Miguel Angel Garcia lattes
Banca de defesa: Barbosa, Regiane da Silva lattes, Barros, Alessandra Santana Soares e lattes, Silva, Maria Celeste Ramos da lattes, Santos, Priscila Angelina da Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35209
Resumo: Esse estudo teve como objetivo compreender de que forma a família contribui no processo de aprendizagem dos alunos internados em Hospital Universitário da UFBA. A família, é vista como a primeira instituição responsável pela socialização dos indivíduos e tem como complexidade relacionar a natureza da espécie humana com a cultura e a organização de grupos sociais (familiares) principalmente com os processos que envolvem a escolarização do sujeito. Ela é essencial para que a criança ganhe confiança, se sinta valorizada, assistida e como instituição, não pode ignorar a sua responsabilidade na construção dos valores, dos deveres, dos bens comuns, dos pequenos ensinamentos do dia a dia. Quando uma criança está internada, essa relação é alterada, é gerado um grau de incertezas na família e na própria criança, remetendo-as quase sempre a um lugar marcado por sofrimento, atrasos emocionais e cognitivos, levando ao educando um sentimento de isolamento por estar longe dos familiares, dos amigos e da escola. Assim, o atendimento prestado em uma classe hospitalar contribui para o enfrentamento do estresse da/na hospitalização e consequentemente pela continuidade na escolarização. Nos respaldamos teoricamente para tratar sobre as questões da escolarização em situação de hospitalização, Holanda e Collet (2011), Barros (2007), Ceccim (1997, 1999), sobre a familia, Parolin (2010), Portella e Franceschine (2012). Metodologicamente aplicamos um questionário contendo 25 questões a 23 mães acompanhantes, que foram gravadas e transcritas. Como forma para subsidiar a organização dos dados, utilizamos a análise do discurso subjacente proposto por Nicolaci-da-Costa (2007), através do Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS), que se propõe alcançar o significado (muitas vezes inconscientes) que subjaz o que é dito. Consideramos a aprendizagem ancora-se primeiramente no que é ensinado pela família e ao longo da vida do sujeito passa por outros tipos de saberes sejam eles de cunho formais ou não. De qualquer forma, a maioria das famílias têm a pretensão de acompanhá-los no sentido de ajudá-los no que for necessário para o seu desenvolvimento como cidadão. Também que, os comportamentos e pensamentos dos responsáveis em relação a escolarização dos seus filhos variou, desde a preocupação com o futuro e disso depende dos “estudos”, ou seja, da escola, pois, mesmo a doença crônica que o acompanhará por toda vida, e acreditando que a criança não seria capaz de ter um futuro promissor, sem a escola não seria possível prosseguir.