Os portos de Salvador e Aratu: organização e dinâmica atual nos contextos urbano e metropolitano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Rios, Ricardo Bahia
Orientador(a): Silva, Sylvio Carlos Bandeira de Mello e
Banca de defesa: Silva, Sylvio Carlos Bandeira de Mello e, Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19364
Resumo: Os portos constituem-se em importantes equipamentos responsáveis pela interligação de boa parte da produção local com os mais diversos mercados. Essa peculiaridade confere aos mesmos um importante papel: o de entrecruzarem diversos fluxos materiais e imateriais com velocidade e intensidade exigidas pelo atual período da história. Nem sempre os portos adquirem essas nuances, tornando-se, dessa forma, lugares de baixo dinamismo dentro do contexto das circulações internacionais. No caso dos portos de Aratu e Salvador, observa-se que ambos encontram-se encaixados na dinâmica semiperiférica da circulação brasileira, o que leva a justificar o estudo da organização atual desses portos dentro dos cenários global, nacional e regional. Apoiado em uma análise quali-quantitativa, a presente pesquisa buscou caracterizar a atual organização espacial dentro do contexto metropolitano. Historicamente, o Porto de Salvador constitui-se num importante atracadouro responsável por boa parte da circulação das riquezas produzidas pela hinterlândia de Salvador. Já o porto de Aratu, atualmente responsável por mais de 60% da movimentação de carga no estado da Bahia, foi projetado estrategicamente para atender as crescentes necessidades de uma área industrializada, caracterizando-o como o primeiro e mais importante complexo portuário industrial do estado voltado para a movimentação de carga, basicamente de químicos, petroquímicos e metalúrgicos beneficiados na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Objetivando construir uma análise comparativa das situações dos dois principais portos baianos, observamos que ambos possuem comportamentos e organizações bem complementares, à medida que o porto de Salvador opera especificamente com cargas conteinerizadas, muitas delas oriundas das indústrias localizadas na RMS. Essas mesmas empresas demandam de Aratu a importação de grandes quantidades de matéria-prima que serão beneficiadas em suas instalações. A falta de investimento em infraestrutura representa um dos principais fatores de limitação para a expansão das atividades portuárias. Portando, ambos os portos possuem características que os conferem diferentes grau de importância na reprodução do capital, contribuindo para a inserção semiperiférica do estado da Bahia no sistema de circulação da economia brasileira e internacional.