Fatores associados à variação espacial da gravidez na adolescência nos municípios brasileiros em 2014.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nascimento, Thiago Luís Cardoso
Orientador(a): Costa, Maria da Conceição Nascimento
Banca de defesa: Araújo, Alisson, Almeida, Maria da Conceição Chagas de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26672
Resumo: Introdução: No Brasil, são escassos os estudos de agregados sobre gravidez na adolescência abrangendo todo o país. Objetivo: Analisar potenciais determinantes socioeconômicos e de atenção à saúde da variação espacial da gravidez na adolescência no Brasil, 2014. Método: Estudo ecológico espacial abrangendo adolescentes de 15-19 anos, em 5157 municípios. As taxas brutas de fecundidade adolescentes dos municípios (proxy da gravidez na adolescência) foram suavizadas pelo método Bayesiano Empírico Local. Mapas temáticos foram construídos para examinar o padrão de distribuição espacial dessas taxas e examinou-se a presença de autocorrelação espacial. Modelos de regressão linear espacial autoregressivos/SAR bivariado e multivariado foram aplicados para verificar associação com Índice de Gini, Renda familiar média per capita, Proporção de população com até ½ salário mínimo, Densidade de moradores por domicilio, Cobertura da Estratégia Saúde da Família, Proporção de consultas de pré-natal adequada e Proporção de puérperas de 15-19 anos com <8 anos de estudo. Resultados: A distribuição das taxas de fecundidade adolescente nos municípios foi bastante desigual, sendo mais elevadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Todos os determinantes avaliados mostraram-se associados à variação espacial desse desfecho cobertura da Estratégia Saúde da Família (β = -0,0112; p=0,0041), Índice de Gini (β =7,0308; p= 0,0010), densidade de moradores por domicilio (β= 6,2918; p=0,0000), renda familiar média per capita (β = -0,1042; p=0,0000), taxa de escolaridade (β = -0,2596; p= 0,0000), consultas de pré-natal adequado (β = - 0,1224; p= 0,0000) e proporção da população de baixa renda (β = 0,12697; p=0,0200). Conclusão: A desigualdade na distribuição dos indicadores socioeconômicos e de atenção à saúde entre municípios foi importante determinante da variação espacial da gravidez na adolescência. Isto evidencia que o enfrentamento deste problema vai além das ações da área de saúde e impõe uma articulação intersetorial, reconhecendo a importância do setor educação no processo de formação de profissionais de saúde, possibilitando minimizar as desigualdades sociais e regionais, como também fortalecendo as ações na perspectiva da atenção a saúde.