Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Elizabeth Maria Costa de |
Orientador(a): |
Araújo, Roberto Paulo Correia de |
Banca de defesa: |
Araújo, Roberto Paulo Correia de,
Sena, Eduardo Pondé de,
Tunes, Urbino da Rocha,
Sallum, Antônio Wilson,
Feitosa, Alfredo Carlos Rodrigues |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia.
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas.
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20938
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Resumo: |
Introdução: Os transtornos mentais e comportamentais são uma série de distúrbios neuropsiquiátricos que se caracterizam por alterações psicológicas ou comportamentais associadas com um comprometimento funcional, podendo ocorrer em, alguns pacientes, alterações do pensamento, alucinações, delírios e alterações no contato com a realidade. Objetivo: Diagnosticar e descrever as alterações no sistema estomatognático de pacientes psiquiátricos usuários de antipsicóticos típicos (ApTs), assistidos no Núcleo Docente Assistencial de Odontologia e Saúde Mental, vinculado ao Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira-SESAB, situado na cidade do Salvador-Bahia, em comparação com indivíduos físico e mentalmente sadios. Metodologia: Estudo de corte transversal com uma amostra de conveniência constituída por 120 voluntários, sendo 40 pacientes psiquiátricos usuários de ApTs e 80 indivíduos com saúde mental. A coleta dos dados foi processada em duas etapas. A primeira consistiu na aplicação de um questionário desenvolvido especialmente para a pesquisa, que contemplou dados sociodemográficos, informações sobre a saúde geral e oral, alterações orofaciais de movimento, alterações no paladar e presença de disfunções temporomandibulares (DTMs). A segunda, executada por um único examinador, compreendeu a avaliação odontológica dos participantes com base no índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D), índice de placa visível (IP), sangramento gengival à sondagem (SS), avaliação das estruturas moles da cavidade oral e na determinação do risco periodontal individual. Os dados coletados foram analisados por estatística descritiva e submetidos ao teste Mann- Whitney, teste Qui-quadrado de Pearson e ao teste exato de Fischer. Resultados: A análise quantitativa revelou que os índices CPO-D dos grupos teste e controle foram elevados, e não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. A alta prevalência da periodontite crônica severa localizada, tanto no grupo teste (62,5%) como no grupo controle (58,7%) acha-se associada aos elevados escores do IP, como reflexo da precariedade da higiene oral, frequente em pacientes com comprometimento intelectual e motor. O alto risco periodontal foi detectado em 31,6% da amostra, fato diretamente relacionado à quantidade de dentes perdidos e com elevados valores registrados de SS na maioria dos participantes, independente de sua condição de saúde mental. A DTM, em seus diferentes graus de severidade, fez-se presente em 80% dos participantes, independente do comprometimento da saúde mental. A análise qualitativa demonstrou que as alterações orofaciais de movimento só foram registradas entre os pacientes usuários de antipsicóticos típicos, denotando o papel deletério desses psicofármacos sobre a qualidade de vida. Conclusão: Os resultados deste estudo, apesar dos seus limites, apontam para as alterações no sistema estomatognático decorrentes do uso diário de ApTs, particularmente as gustativas, as alterações orofaciais de movimento, a DTM e ao grande número de dentes perdidos. Isto justifica a indicação da necessidade do monitoramento da condição de saúde oral dos portadores de transtornos mentais e comportamentais, independente do modelo assistencial psiquiátrico ao qual estejam submetidos. Na perspectiva da promoção, restauração e manutenção de sua saúde oral, esta conscientização possibilitará o mínimo de emancipação individual, de modo a lhes assegurar melhor qualidade de vida e o resgate da cidadania. |