Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Licia Maria de Lima |
Orientador(a): |
Barreto, Paula Cristina da Silva |
Banca de defesa: |
Barreto, Paula Cristina,
Guimarães, Angela Figueiredo,
Souza, Ana Lúcia Silva,
Ratts, Alecsandro José Prudêncio,
Sovik, Liv Rebecca |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23782
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Resumo: |
Esta tese aborda as expressões de mulheres negras jovens nos elementos que constituem o repertório cultural, estético e político do Hip-hop. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com onze mulheres negras, na faixa etária entre 18 e 32 anos, que atuam como rappers, b.girls, grafiteiras e ativistas no Hip-hop em Salvador e Lauro de Freitas/BA. O argumento aqui defendido é de que, para se evidenciar a pluralidade de pontos de vista de mulheres negras jovens no hip-hop, é necessário se explicitar as diferenças intragênero, marcando o entrecruzamento de raça, gênero, classe, sexualidades e geração nas experiências destas mulheres. O aporte teórico metodológico utilizado foi o feminismo da diferença interseccional, da teoria do ponto de vista expressa no feminismo negro. A geração de dados se deu a partir da realização de entrevistas, observações sistemáticas na participação de eventos, dos produtos culturais e pesquisas em sites, blogs, relacionados ao movimento hip-hop. No rap, no break e no grafite, o corpo aparece como uma forma de expressão artística revelando o papel do artista na luta política. As letras de rap rompem com representações sexistas, quebram e subvertem uma lógica de invisibilidade e silenciamento social das mulheres negras. Na relação entre mulheres no hip-hop, as interlocutoras afirmam as diferenças entre elas, sem negar identidades específicas. As grafiteiras pintam mulheres e concepções de si mesmas estão expressas nas pinturas. No break, os corpos femininos se tornam um modo pessoal de examinar e interpretar normas de gênero recebidas. Nas expressões artísticas do hip-hop analisadas, as mulheres defendem uma liberdade estética como forma de se diferenciar dos homens. Intersecções de raça, gênero, classe e política operam nas questões da afetividade das ativistas, influenciam suas escolhas políticas e experiências de solidão. A sexualidade é percebida como um local de intersecção dos sistemas de opressão, raça/classe/gênero/heterossexismo. A autodefinição da sexualidade se revela como local de resistência às múltiplas opressões que intersectam a vida de mulheres negras. As interlocutoras indicam a existência de feminismos plurais no hip-hop, com predomínio de um caráter mais prático do que teórico. |