Avaliação da qualidade das águas dos poços tubulares da bacia do rio do peixe equipados com dessalinizadores, com vistas ao aproveitamento econômico do sal de rejeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Rocha, Thelma Soares da
Orientador(a): Beretta, Magda
Banca de defesa: Beretta, Magda, Botelho, Maria de Lourdes Mascarenhas Figueiredo, Nascimento, Sérgio Augusto de Morais
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia, Escola Politécnica, Departamento de Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Mestrado Profissional em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21700
Resumo: A exploração das águas subterrâneas tem se tornado uma alternativa para o abastecimento de água nas pequenas comunidades do semi-árido baiano devido à carência hídrica da região. No entanto, devido aos altos índices de sais dissolvidos presente nestas águas é necessário tratamento para torná-la potável, o que ocorre através de processos de dessalinização, com isso uma grande quantidade de dessalinizadores tem sido implantado, produzindo um efluente salino que está sendo disposto atualmente em lugares inapropriados. Com o objetivo de estudar este efluente salino, com vista ao aproveitamento econômico do sal de magnésio proveniente do rejeito salino de poços equipados com dessalinizadores, foram selecionados 15 poços com dessalinizadores distribuídos numa área de 553 km2 situada na micro-bacia do rio do Peixe e Paratigi, na sub-bacia de Ipirá. O estudo hidroquímico mostrou que 93,3% dos poços analisados apresentaram água do tipo cloretada cálcio-magnesiana influenciada pelo litotipo da região como ortognaisses e gnaisses kinzigícos. Foi avaliada também a evolução temporal dos cátions e ânions para o período de 1998 a 2007 e conclui-se que não houve evidencia significativa de acréscimo ou diminuição destes íons nos reservatórios subterrâneos, apesar dos gráficos dos íons cloreto, magnésio, cálcio e sódio mostrarem uma tendência linear positiva para a localidade de Rio do Peixe e negativa para os íons cloreto e magnésio na localidade de São Roque. O rejeito produzido pelo processo de dessalinização, evaporado nos tanques para separar os sais através da cristalização seletiva, sob as condições ambientais da região, apresentou 97% dos sais cristalizados na forma de NaCl seguido de MgCl2 com apenas 2%. Os dados encontrados no experimento do laboratório, entretanto, ficaram de acordo com o cálculo teórico esperado onde 53,8% do sal cristalizado foi de NaCl seguido com 36,6%, de sais de magnésio. As concentrações presentes de magnésio indicam possibilidades interessantes de ganhos econômicos com sua exploração. Com os dados obtidos no campo o valor de produção do poço, pós-separação do magnésio foi de US$0,48 por m3/h. Os dados obtidos no laboratório elevaram este valor para US$ 16,52 por m3/h. A busca pela recuperação do magnésio na presente situação pode ser justificada do ponto de vista ambiental, visando a obtenção de rejeito zero nos dessalinizadores, eliminando o impacto ambiental atualmente gerado pela disposição dos rejeitos no solo e otimizando a recuperação integral da água presente nos poços salinos da região. Entretanto, os resultados colhidos em laboratório mostraram um potencial econômico para extração do magnésio bem mais elevado