Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Motta, Alberico Ricardo Passos da |
Orientador(a): |
Borges, Cristiano Piacsek |
Banca de defesa: |
Kiperstok, Asher,
Fonseca, Fabiana Valéria da,
Melo, Marcel Vasconcelos,
Santos, André Bezerra dos,
Queiroz, Luciano Matos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia. Escola Politécnica
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Programa de Pós-Graduação: |
Engenharia Industrial
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16997
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Resumo: |
A água produzida (AP) é a maior corrente de efluentes das atividades de produção de petróleo. Além dos elevados volumes gerados, a AP possui uma composição bastante diversificada, onde o teor de óleos e graxas (TOG) é um parâmetro que merece atenção especial. As tecnologias comumente aplicadas para remoção de TOG nem sempre são capazes de atingir o nível de eficiência desejado, principalmente se esse composto estiver presente na AP sob a forma de emulsão de óleo-em-água (O/A) e com gotas com diâmetros abaixo de 10 µm. O objetivo desta tese é avaliar o processo de tratamento de AP para remoção de óleo através da integração dos processos coalescedor em leito e membranas de microfiltração (MF). Essa associação visa combinar as vantagens e superar os problemas operacionais que ambos os processos apresentam, quando aplicados separadamente. No caso, o coalescedor de leito foi usado como processo de pré-tratamento a fim de reduzir o TOG na sua corrente de saída (TOGsc), usada para alimentação das membranas. Os ensaios foram realizados utilizando amostras de emulsão O/A sintéticas, que foram geradas em uma planta industrial. O óleo utilizado foi petróleo bruto com grau API de 28,3º. O coalescedor utilizado operou em condição de fluxo ascendente. O seu leito foi constituído por resinas poliméricas de troca catiônicas, com uma altura de leito de 5 cm. O sistema de membranas foi constituído por um módulo de MF do tipo polimérica de fibra-oca, instalado de forma submersa em um reservatório. Os ensaios foram realizados com TOG na alimentação do coalescedor (TOGac) com valores de 200 e 400 mg.L-1 e com diâmetros de gotas de óleo entre 3 a 8 µm. No coalescedor, a velocidade do fluido (v) variou de 4,4 a 17,4 m.h-1. As taxas de recuperação de água no sistema de MF (Rec) foram de 0,75 e 0,90; enquanto que os valores absolutos de pressão através das membranas (∆pm) variaram de -0,12 a -0,30 bar. Os resultados mostraram que o coalescedor operou em condições estáveis, atingindo valores de eficiência de 35 a 52%, em termos de remoção de TOG. A eficiência global do processo integrado atingiu de 93 a 100% e o TOG no permeado (TOGp) variou entre 0,1 a 14,8 mg.L-1. Estes resultados indicam que o efluente do processo integrado apresentou uma boa qualidade, não só apenas para fins de descarte ou injeção, mas também para a reúso em processos industriais. A estabilidade do processo foi verificada para os parâmetros ∆pm, TOGac, v e Rec. Sobre o ∆pm, verificou-se que o menor dos seus dois valores testados (-0,20 bar) resultou em menores valores de TOGp e de Jp no tempo de 6 horas. Sobre TOGac, v e Rec, verificou-se que a elevação de qualquer um desses três parâmetros acentuava o declínio de Jp, o que intensificava a ocorrência de fouling nas membranas de MF. |