E se nós decidirmos juntos?: uma proposta de criação teatral compartilhada dentro da educação formal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Duarte, Amanda
Orientador(a): Alcântara, Paulo Henrique Correia
Banca de defesa: Alves, Hebe, Concílio, Vicente
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27288
Resumo: Fruto do mestrado acadêmico realizado no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia, a dissertação apresenta uma pesquisa-ação que se empenha em aproximar duas instâncias diferentes da prática teatral: o Process drama - método de ensino de origem inglesa, especializada no trabalho com crianças e adolescentes - e os processos de criação compartilhada - modelos organizacionais utilizados, prioritariamente, nas companhias profissionais. Para começarmos a discussão, nos dedicamos a entender a evolução histórica de cada procedimento, a analisar as ferramentas de que fazem uso para tornar possível suas visões e a explicar para o leitor qual, dentre todas as abordagens possíveis em cada método, é aquela que melhor se adequa à prática que propomos. Por isso, dialogamos com alguns dos principais autores que refletiram sobre as estratégias antes de nós: Beatriz Cabral (2006), Gavin Bolton (2007), David Hornbrook (1991), Flávio Desgranges (2006), Heloise Vidor (2010), Antônio Araújo (2009), Evill Rebouças (2009), Vicente Concílio (2010), Stela Fischer (2003), Rafael Ary (2015), Hamilton Vaz Pereira (2009), Valéria Maria de Oliveira (2005). Ao colocá-los lado a lado, abrimos a oportunidade de olhar para as características que os aproximam e as características que os afastam, podendo vislumbrar uma associação entre ambos que nos permita projetar uma abordagem do ensino de teatro, dentro da educação básica e pública, que se aproxime da prática cênica realizada no meio profissional. Considerando que essa imersão não estaria completa se estivesse limitada apenas a uma aproximação teórica, realizamos uma oficina de oito meses, no contra turno das aulas regulares, com estudantes de 11 e 12 anos, na Escola Municipal São Braz, localizada na cidade de Salvador. Durante 22 encontros, realizamos um mergulho no fazer coletivo ao criarmos, com o máximo de horizontalidade possível nesse contexto, uma apresentação pública, com produção de dramaturgia e de encenação próprias, baseada no romance Mar Morto, do escritor baiano Jorge Amado. Nesse percurso, pudemos abrir questionamentos acerca das potencialidades e das dificuldades de se realizar um processo criativo em compartilhamento, por meio dos dispositivos que selecionamos, no interior de uma estrutura escolar ainda hierarquizada.