Aspectos craniofaciais de pessoas com doença falciforme: uma avaliação radiomorfométrica tridimensional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Inêssa da Silva lattes
Orientador(a): Sarmento, Viviane Almeida lattes
Banca de defesa: Sarmento, Viviane Almeida lattes, Bittencourt, Marcos Alan Vieira lattes, Ribeiro, Patrícia Miranda Leite lattes, Kusterer, Liliane Elze Falcão Lins lattes, Olivieira, Thais Feitosa Leitão de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde 
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36792
Resumo: Este estudo teve como objetivo realizar a avaliação tridimensional de aspectos craniofaciais de pessoas com diagnóstico de doença falciforme. Para isto, foram selecionados 70 exames de tomografia computadorizada de face de pessoas com o referido diagnóstico (grupo teste), atendidas no Serviço de Odontologia do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Universidade Federal da Bahia). Os exames foram pareados por idade e sexo, na proporção de 1:1, com pessoas sem diagnóstico da DF (grupo controle). As imagens tomográficas foram analisadas utilizando o programa Dolphin Imaging® versão 11.5 Premium (Dolphin Imaging & Management Solutions, Chatsworth, California, EUA), tendo sido realizadas medidas mandibulares e condilares, lineares e volumétricas, no módulo tridimensional; avaliação qualitativa dos côndilos em reconstruções multiplanares; avaliação do padrão esquelético, a partir de medidas lineares e angulares, nas reconstruções cefalométricas; além da avaliação volumétrica, de área e linear das vias aéreas superiores. Os resultados mostraram uma concordância intra-examinador muito forte (coeficiente de correlação intraclasse de 0,998; p<0,0001) e diferenças estatisticamente significativas para altura dos côndilos (p=0,02), Go-Gn e Cos-Go (p= 0,0008 e p< 0,0001, respectivamente), sendo que para o sexo masculino houve diferença também para a medida Cop-GN (p= 0,0008), enquanto em mulheres não houve diferença significante. Na análise cefalométrica, as medidas SN-GoGn (p= 0,02) e Co-A (p= 0,0011) apareceram aumentadas no grupo teste, sendo que a segunda medida se manteve estatisticamente significante em mulheres (p= 0,002), quando a avaliação foi feita de acordo com o sexo do paciente. A avaliação das vias aéreas demonstrou valores significativamente menores para o volume e a área (p= 0,007 e p= 0,02, respectivamente) no grupo teste. Pode-se concluir que as medidas encontradas indicam tendência de menor crescimento mandibular e condilar, especialmente em homens acometidos pela doença falciforme, que, combinadas aos achados cefalométricos corroboram para uma tendência de crescimento vertical da mandíbula associado à protrusão maxilar, representando um padrão de Classe II esquelética hiperdivergente. As vias aéreas superiores dos portadores de doença falciforme são menores, o que está de acordo com o padrão esquelético encontrado.